Pela
Hora da Morte
Já falei dos cinco minutos antes da
morte, mas aqui é outro assunto.
É uma hora e não é irrelevante mudar
o foco.
A pessoa que vai morrer dentro de
uma hora (a seqüência da série permitirá que, ao se mostrar qualquer um em foco
no início, saibamos que seus dias vão terminar) é mostrada em uma atividade
qualquer, sem que qualquer um (fora o telespectador) saiba disso. Ele vai
morrer de algum modo, totalmente insondável, cada um devendo tentar adivinhar
como. Pode ser focado o grupo: às vezes um sai e deixa os outros, a câmara pode
ir com o que sai ou ficar com os outros.
Aí já é questão do roteirista saber
desenvolver o assunto naquela hora real (como na série 24 Horas), 60 minutos
inultrapassáveis. No final dos 60 minutos a pessoa morrerá.
Obviamente a série pode durar muito
tempo, pois o (s) autor (es) deverá (ão) travar cabo de guerra com os
telespectadores, aqueles querendo enganar a estes, e estes tentando ser mais
espertos, para saber quem dentre todos será pego (às vezes pode ser mais de um,
até todos num desastre coletivo; entretanto, creio que a morte de crianças
seria muito dolorosa, por definição devendo ficar fora).
“Vale tudo”, claro, dentro do
respeitável, sem homossexualismo (que é a superafirmação do homossexual: este é
permitido, aquele, não), pois as crianças e os adolescentes verão maciçamente.
Penso que será um sucesso de
audiência.
E durará um punhado de temporadas
antes de decair no gosto do público, porque autores do mundo inteiro poderão se
interessar, produzindo belas obras. E há restrições, já que a câmara ficará
sempre com um (ou vários) que vai (vão) morrer, por mais improvável que pareça.
Serra, sexta-feira, 12 de agosto de
2011.
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