Saturday, November 02, 2013

Até Onde Podemos Ir (da série Expresso 222..., Livro 3)


Até Onde Podemos Ir

 

                        No modelo há três pirâmides: a micropirâmide (campartícula fundamental, subpartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomente), a mesopirâmide (indivíduo, família, grupo, empresa, município/cidade, estado, nação e mundo) e a macropirâmide (planeta, estrela, constelação, galáxia, aglomerado, superaglomerado, universo e pluriverso), cada uma começando onde termina a outra.

                        Até a micro e a mesopirâmide há limites evidentes à expansão, especialmente na micropirâmide.

                        Na mesopirâmide a coisa vai se infinitizando, porque no limite dela os conjuntos devem migrar do planeta até o vasto universo. Não poderão mais ficar, não estarão mais contidos. Devem ultrapassar os horizontes = PLANETAS = LIMITES. Deverão saltar ou perecer.

                        Assim, deixam de existir limites precisos para a expansão.

                        Ir além dos planetas, além dos limites é a nova missão coletiva irremediável, incontornável.

                        O que há para fazer, de agora em diante?

                        Há tudo, de que o que fizemos não foi senão um prelúdio muito tímido. A verdadeira expansão está lá fora. Há mundos mortos a transformar em planetas vivos, há estrelas a consumir nos projetos de arquiengenharia estelar e constelar, há zilhões de construções por fazer, novos testes de resistência, novas alturas a atingir.

                        Tudo que fizemos até agoraqui foi muito simplório, acanhado, estreito, apertado, inseguro, inibido. Lá fora está a verdadeira construção, o chamamento maior. Então, depois da saída do planeta, não há mais limites verdadeiros. O planeta é o ovo cósmico, o berço cósmico de nascimento da espécie, mas, como disse Arthur Clarke (depois de outros), ninguém pode ficar no berço para sempre, ninguém pode ficar pequeno para sempre.

                        Depois do planeta podemos ir onde quisermos.

                        Vitória, terça-feira, 09 de julho de 2002.

                  

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