Dialética
e Psicologia
Façamos uma listagem do
Conhecimento (em maiúsculas conjunto ou família ou grupo de conhecimentos):
CONHECIMENTO
- Matemática
(no centro do quadrado)
- Magia/Arte
- Teologia/Religião
- Filosofia/Ideologia
- CIÊNCIA/TÉCNICA
1. Física/Química (Engenharia/X1)
2. Biologia/p.2 (Medicina/X2)
3. Psicologia/p.3 (Psiquiatria/X3)
4. Informática/p.4 (Cibernética/X4)
5. Cosmologia/p.5 (Astronomia/X5)
6.
DIALÓGICA/P.6 (DISCURSIVA/X6)
a. lógica
b.
DIALÉTICA
·
dialética
físico/química
·
dialética
biológica/p.2
·
DIALÉTICA PSICOLÓGICA/P.3
0. dialética do espaço tempo ou da
geo-história
1. dialética da psicanálise (das
figuras)
2. dialética da psico-síntese (ou dos
objetivos)
3. dialética da economia (ou das
produções)
4. dialética da sociologia (ou das
organizações)
·
dialética
informacional/p.4
·
dialética
cosmológica/p.5
·
dialética
(enquanto metade da dialógica/p.6)
A dialética se originou na Grécia
antiga, quase ao mesmo tempo em que sua feição oriental, o taoísmo de Lao Tsé,
o Velho Sábio. Foi criada por Sócrates e sua escola, ou até antes, lá pelo século
6 a.C.
Mais recentemente, século XIX, Hegel
primeiro e Engels depois como compilador-vulgarizador, firmaram as três leis:
1. a interpenetração dos contrários;
2. a transformação do sim em não;
3. o salto qualitativo ou
revolucionário, mutação da quantidade em qualidade nova.


A evolução começa na esquerda,
enquanto interpenetração dos contrários.
Digamos que apareça uma mutação que conduza aos tigres, os novos
predadores, um casal, o par fundamental; eles vão usar a natureza anterior como
campo de predação, e produzirão filhotes. A descendência amplia, pela
quantidade, o número de tigres, de modo que eles ficam em conjunto mais fortes.
Entretanto, um maior número de tigres torna a predação do tipo c/t, ou seja,
uma partição do campo pelo número de tigres que, sendo maior, torna a ração de
cada um menor. Então, se segue que os filhotes são complementares/opostos dos
pais e mães, significam competição com a morte destes por esgotamento de
oportunidades. Como a soma é (quase) zero, há um lado positivo. É a interpenetração
dos contrários. Aqui são constituídas famílias a partir de indivíduos,
grupos a partir de famílias, empresas a partir de grupos.
Os tigres, genitores e filhotes,
entram em competição.
Depois, pelo meio, o que era bom, o
aparecimento de novos tigres, crescimento da espécie e fortalecimento ambiental
dela, passa a ser ruim, pois há agora uma generalidade de tigres enchendo todo
o ambiente – uma guerra brabíssima se forma. É a transformação do sim em não,
do branco em negro, e vice-versa. Não há nada melhor para ser manchado que uma
colcha branca.
A seguir, no final, temos que, de
dentro dos tigres (tomados aqui como os mais avançados do ambiente) sairá uma
mutação, um salto revolucionário, a transformação da quantidade de tigres em
qualidade nova, ou simplesmente a transformação da quantidade em qualidade,
que vai predar os próprios tigres.
Ou podemos ver como evolução
ou COMEÇO (interpenetração, negação do anterior, afirmação do novo), revolução
ou FIM (negação da negação, negação do novo, finalização) e re-evolução
ou RE-COMEÇO (salto revolucionário, reafirmação, afirmação do renovo), um
ciclo.
Acontece que, na Chave do TER, CT
{matéria, energia e informação} e na Chave do SER, CS {memória, inteligência e
controle/comunicação}, a primeira é acumulada pela segunda numa pontescada, que
sobe e se amplia, como uma espiral, de N.O (natureza-zero, a físico-química) a
N.5 (natureza-cinco, dialógica/p.6), a Escada (ou modelo) da Vida.
Onde está a energia que financia
isso tudo?
Ora, num dos livros de Trotsky ele
diz de passagem que “a mutação dos conjuntos é diferenciada” (como lembro, não
acho a passagem). Os conjuntos de SER/TER são distintos, por exemplo, cada
indivíduo, cada família, cada grupo, cada empresa - entre as pessoas; e cada
município/cidade, cada estado, cada nação e cada mundo – entre os ambientes.
Vê-se que os conjuntos têm
circulinhas distintas, isto é, são campartículas ou ondas diferentes. Todas
elas se misturam, formando uma composição extraordinária, a Dança de Shiva.
Mao Tsé Tung (Mao Zedong) disse
então que “a energia vem de fora” (no Livro
Vermelho de Mao), quer dizer, a fecundação vem do exterior para o interior.
Por si mesmo o conjunto não mudaria. A energia exterior vai fecundar a matéria,
fazendo aparecer a informação.
Introduzi o TENSOR DIALÉTICO e a
HERANÇA VIRTUAL, dois corolários. O primeiro diz respeito ao tempo (como vi
pela Rede Signalítica, pois tempo =TENSOR = DOIS = DUPLO), e a herança ao
espaço, que é o que resta – ela se esparrama no ambiente, se o conjunto se
desfaz, digamos.
Fiamos assim:
4. mutação diferenciada dos conjuntos (Trotsky);
5. herança virtual (relativa ao espaço);
6. tensor dialético (relativo ao tempo);
0. mudança formestrutural financiada
pelo exterior (Mao).
Podemos reunir 5 e 6 como
espaçotempo ou tempespaço ou tempolugar ou pontinstante de alteração, a herança de tensões,
ou virturreal, no sistema triortogonal de Descartes, o zero sendo o tempo, com
três dimensões espaciais, como é usual.
Essa HERANÇA DE TENSÕES está pelo
centro, como espaçotempo onde se abrem as coisas todas do espaçotempo de
configurações. Configurações físico/químicas (esta a primeira ponte),
biológicas/p.2, etc. Por conseguinte TENSÕES FÍSICAS, TENSÕES QUÍMICAS, etc.,
cujas energias de mudança formestrutural, das formas e dos conceitos, vem de
fora.
Em seqüência:
0.
o operador de
transformação vem de fora
(na economia agropecuária/extrativista brasileira);
1.
há um espaçotempo de
tensões virturreais, com herança de tensões, um tempo de espaços de construção, resultantes dos
diálogos anteriores (a A/E brasileira se choca com as indústrias, o comércio,
os serviços e os bancos daqui e de fora);
2.
sabemos que os conjuntos
mudam a ritmos diferentes,
ficando claro que os subconjuntos da A/E brasileira alteram-se a cadências
diversas, a agropecuária diferentemente do extrativismo, a agricultura
diversamente da pecuária, a agricultura do mamão desigualmente da agricultura
da abóbora;
3.
seguem-se
as três leis já conhecidas.
Resulta que essa nova dialética (que
composta com a lógica seria a dialógica-de-mundo, o diálogo-de-mundo, as coisas
conversando entre si nos vários patamares e os patamares entre si) é a mecânica
de descobertas. Isso precisamos ver com clareza, cristalinamente.
Para
tudo, devemos ver.
De onde vem essa energia?
Como ela sobra, além, e vai para os
outros conjuntos? Quais sãos suas rotas de migração? Que vetores a transportam,
nos vários patamares e espelhos das pontescadas (tecnocientífica e outras)?
Que transformações ela provoca na
Chave do SER e na Chave do TER? Como é que a energia dos terroristas árabes de
Osama Bin Laden desviou-se para as duplas torres do Trade Center?
Essas são as perguntas pertinentes
na geo-história em particular, na Psicologia em geral, no Conhecimento todo.
Como mapear essas transformações?
Vitória, quarta-feira, 05 de junho
de 2002.
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