Uma
Tríade Fundamental
No seu formidável livro O Universo Elegante (supercordas,
dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva), São Paulo, Cia. Das Letras,
2001, Brian Greene diz, na página 196: “(...) as partículas da natureza têm de
acontecer em pares, cujos respectivos
spins diferem em meia unidade. Tais pares de partículas – quer sejam
considerados como pontos (tal qual no modelo-padrão), quer como mínimos laços
vibrantes – são chamados superparceiros”,
itálicos no original.
E, mais abaixo: “Em
meados daquela década, quando os físicos tentaram incorporar a super-simetria
ao modelo-padrão, verificaram que nenhuma
das partículas conhecidas – as das tabelas 1.1 e 1.2 – podia ser superparceira
de qualquer uma das outras. Em vez disso, análises teóricas específicas
mostraram que se for verdade que o universo incorpora a supersimetria, então cada uma das partículas conhecidas
deve ter uma partícula superparceira ainda não descoberta, cujo spin é
meia unidade menor do que o da partícula conhecida”, idem, grifo e negrito
meus.
Bom, o modelo pede que
haja esquerda e direita, por exemplo, MATÉRIA e ENERGIA, no centro estando a
MATERENERGIA, formando uma tríade, com três motores verdadeiros e independentes.
No caso do átomo teríamos PRÓTON = MATÉRIA, ELÉTRON = ENERGIA e NÊUTRON =
MATERENERGIA. Os três são uma a mesma coisa. O nêutron deve ser, como é,
a união de PRÓTON + ELÉTRON. O primeiro equivale à matéria, ao campo, ao
estático e ao grande; o segundo à energia, à partícula, ao dinâmico e ao
pequeno. O nêutron seria a materenergia, o campartícula (ou onda), o mecânico
(ou estático-dinâmico) – a destruição dele traria os dois elementos extremos,
um parado e outro excitado. O próton seria o elétron expandido, e o elétron
seria o próton colapsado. Então estas seriam as partículas SUPERPARCEIRAS da eletricidade, formando uma tríade. Têm
sinais elétricos contrários, anulando-se no nêutron. Resta ver se possuem spins
½ um do outro.
A ser assim, cada uma
das outras forças fundamentais (que os físicos dizem ser: a força
gravitacional, a força eletromagnética, a força fraca e a força forte) teria
também uma tríade matéria (ou campo) /materenergia (ou onda ou campartícula)
/energia (ou partícula). Digamos, matéria/campo gravitacional,
materenergia/onda/campartícula gravitacional e energia/partícula gravitacional.
Desse modo, as
superparceiras NÃO DEVERIAM SER DESCOBERTAS exatamente porque ELAS JÁ EXISTEM,
bem nas nossas caras, debaixo de nossas barbas. Sempre estiveram aí, só não as
víamos. Desse jeito cada partícula seria a superparceira do seu campo, e
vice-versa, as duas constituindo um par polar oposto/complementar materenergia
ou campartícula ou onda. Quando um elétron “se abre”, transforma-se num próton;
quando este “se fecha” torna-se muito dinâmico e veloz. O elétron é o portador
da energia do átomo, o que leva mensagens ou informações ao ambiente material.
Tão simples quanto isto.
Vitória, segunda-feira,
29 de abril de 2002.
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