Thursday, October 31, 2013

A Bandeira Elementar como Fonte de Patentes (da série Expresso 222..., Livro 2)


A Bandeira Elementar como Fonte de Patentes

 

                        Muito tardiamente fui compreender, no modelo, a ordem geral das prioridades de busca das necessidades humanas.

                        É preciso IDENTIFICAR UMA NECESSIDADE para fazer dela brotar uma ou mais patentes. Gabriel, meu filho agora com 16 anos, dizia que sentia dificuldade em imaginar uma patente ou modelo de utilidade, e não sabia como eu o fazia.

                        O MODO GERAL DE CRIAR é identificando as vontades ou necessidades ou desejos, manifestados ou não, dos outros ou nossos. Aqueles manifestados podem estar sendo objeto de atenção de outros criadores, enquanto mais raramente o serão os não-manifestados, os desejos ocultos (sem haver nisso nenhuma maldade; às vezes as pessoas não sabem como se expressar – se soubessem elas mesmas criariam).

                        Seja na Magia/Arte, na Teologia/Religião, na Filosofia/Ideologia, na Ciência Técnica ou na Matemática, é sempre a mesma coisa, só que ninguém conta.

Como criar um romance? Procurando no ambiente (municípios/cidades, estados, nações e mundo) ou nas pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) o que está faltando, em termos psicológicos, e expressando-o no MODO REAL (ficção) ou no MODO VIRTUAL (fantasia e FC, ficção científica, na realidade FT, ficção tecnológica). Como criar filmes, tapetes, decorações, esculturas, paisagens, poesias, peças de teatro, fotografias, desenhos, pinturas, perfumes, músicas, discursos, comidas, bebidas, pastas, temperos, arquiengenharias, urbanizações, jóias e todo o resto? Como a Clarice Lispector disse, sendo válido em muitos sentidos, A FALTA É A ARTE. E é tudo, claro.

                        Em toda parte vai ser sempre assim, procurando a falta, explícita ou não, e apresentando uma solução factível, que possa ser produzida e comprada a preço-equivalente (relação entre desejo e patrimônio deslocável = 1,00 no ponto de compra).

                        Então, o modelo me mostrou, numa bandeira do Brasil, com os elementos vitais postos nos vértices do losango e a Vida no centro (Vida-racional no centro do centro), quais eram as coisas mais importantes, as fundamentais: ar, água, terra/solo e fogo e energia, para toda a Vida e toda a Vida-racional. Não teríamos como viver sem elas.

                        Segue-se que as patentes e os modelos de utilidade FUNDAMENTAIS e mais lucrativos devem surgir exatamente aí.

                        O fato de que a água tenha sido no princípio inteiramente grátis para nossos antepassados mais remotos, e o ar ainda o seja, bloqueou nossa capacidade de percepção de sua potencialidade exploratória. Sendo recurso a riqueza em potencial e riqueza o recurso realizado, transformado em real socioeconômico (produtivorganizativo), devemos encontrar meios de transformar os recursos da Bandeira em riqueza.

                        Quando se tenha feito isso a riqueza associada será ilimitada.

                        Não são as coisas da ECONOMIA PONTO-COM (economia.com) que terão seus preços elevados no futuro, e sim as velhas coisas da Bandeira. Ou seja, a falta de ar, a falta de água, a falta de terra/solo e a falta de fogo/energia, para não falar da falta de vida e das faltas de racionalidade. Em conjunto isso pode tornar empresas, grupos, famílias e indivíduos trilionários, milhares de vezes bilionários.

                        Vai daí que escritórios devem ser fundados para investigar essas questões, criando bibliotecas e museus, utilizando a Mídia mundial para veicular programas e mensagens, construindo escolas (Escola do Ar, Universidade da Água, Faculdades da Terra/Solo, Institutos do Fogo/Energia, etc.). Muita gente deve ser orientada para tal, passando décadas pesquisando & desenvolvendo produtos e idéias neste setor.

                        Só muito tardiamente fui ver. Mas, quando vi, fiquei impressionadíssimo, estarrecido mesmo com o potencial.

                        Vitória, sábado, 04 de maio de 2002.

                  

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