A Bandeira
Elementar como Fonte de Patentes
Muito
tardiamente fui compreender, no modelo, a ordem geral das prioridades de busca
das necessidades humanas.
É preciso IDENTIFICAR
UMA NECESSIDADE para fazer dela brotar uma ou mais patentes. Gabriel, meu filho
agora com 16 anos, dizia que sentia dificuldade em imaginar uma patente ou
modelo de utilidade, e não sabia como eu o fazia.
O
MODO GERAL DE CRIAR é identificando
as vontades ou necessidades ou desejos, manifestados
ou não, dos outros ou nossos. Aqueles manifestados podem estar sendo objeto
de atenção de outros criadores, enquanto mais raramente o serão os
não-manifestados, os desejos ocultos (sem haver nisso nenhuma maldade; às vezes
as pessoas não sabem como se expressar – se soubessem elas mesmas criariam).
Seja na Magia/Arte, na
Teologia/Religião, na Filosofia/Ideologia, na Ciência Técnica ou na Matemática,
é sempre a mesma coisa, só que ninguém conta.
Como criar um romance? Procurando no
ambiente (municípios/cidades, estados, nações e mundo) ou nas pessoas
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) o
que está faltando, em termos psicológicos, e expressando-o no MODO REAL
(ficção) ou no MODO VIRTUAL (fantasia e FC, ficção científica, na realidade FT,
ficção tecnológica). Como criar filmes, tapetes, decorações, esculturas,
paisagens, poesias, peças de teatro, fotografias, desenhos, pinturas, perfumes,
músicas, discursos, comidas, bebidas, pastas, temperos, arquiengenharias,
urbanizações, jóias e todo o resto? Como a Clarice Lispector disse, sendo
válido em muitos sentidos, A FALTA É A ARTE. E é tudo, claro.
Em toda parte vai ser
sempre assim, procurando a falta,
explícita ou não, e apresentando uma solução factível, que possa ser produzida
e comprada a preço-equivalente (relação
entre desejo e patrimônio deslocável = 1,00 no ponto de compra).
Então, o modelo me mostrou, numa
bandeira do Brasil, com os elementos vitais postos nos vértices do losango e a
Vida no centro (Vida-racional no centro do centro), quais eram as coisas mais
importantes, as fundamentais: ar, água, terra/solo e fogo e energia, para toda
a Vida e toda a Vida-racional. Não teríamos como viver sem elas.
Segue-se que as patentes
e os modelos de utilidade FUNDAMENTAIS e mais lucrativos devem surgir
exatamente aí.
O fato de que a água
tenha sido no princípio inteiramente grátis para nossos antepassados mais
remotos, e o ar ainda o seja, bloqueou nossa capacidade de percepção de sua
potencialidade exploratória. Sendo recurso a riqueza em potencial e riqueza o
recurso realizado, transformado em real socioeconômico (produtivorganizativo), devemos
encontrar meios de transformar os recursos da Bandeira em riqueza.
Quando se tenha feito
isso a riqueza associada será ilimitada.
Não são as coisas da
ECONOMIA PONTO-COM (economia.com) que terão seus preços elevados no futuro, e
sim as velhas coisas da Bandeira. Ou seja, a
falta de ar, a falta de água, a falta de terra/solo e a falta de fogo/energia,
para não falar da falta de vida e das faltas de racionalidade. Em conjunto
isso pode tornar empresas, grupos, famílias e indivíduos trilionários, milhares
de vezes bilionários.
Vai daí que escritórios
devem ser fundados para investigar essas questões, criando bibliotecas e
museus, utilizando a Mídia mundial para veicular programas e mensagens,
construindo escolas (Escola do Ar, Universidade da Água, Faculdades da
Terra/Solo, Institutos do Fogo/Energia, etc.). Muita gente deve ser orientada
para tal, passando décadas pesquisando & desenvolvendo produtos e idéias
neste setor.
Só muito tardiamente fui
ver. Mas, quando vi, fiquei impressionadíssimo, estarrecido mesmo com o
potencial.
Vitória, sábado, 04 de
maio de 2002.
No comments:
Post a Comment