Internet
em Horário Nobre
Tendo surgido como
ARPANET militar-científica na década dos 1960 nos EUA, para proteger os
serviços vitais da nação em caso de conflito termonuclear, a evolução dela veio
dar no que é hoje a Internet, consolidada em 1989 no mundo e a partir de 1995
no Brasil.
Em apenas sete anos a
Internet daqui “explodiu”, deu saltos tão grandes que não há quem não tenha
ouvido falar dela.
Se foi assim em apenas
sete anos, que será do futuro?
Imagine se poderíamos
prever, apenas sete anos após o lançamento do primeiro veículo no século XIX, o
que é hoje essa enormidade de carros circulantes?
Há gente que faz exercícios de
futurologia, mas é completamente inútil. Alguém, fazendo tais projeções sobre
as carruagens do século XIX poderia imaginar que elas seriam aprimoradíssimas
ao logo das décadas, com cavalos e coches cada vez melhores, aos milhões e
centenas de milhões rodando nas ruas, e algum comerciante mais afoito pensaria
no feno necessário, nos estábulos, nos estacionamentos, e o resto da riqueza
imaginária.
Vieram os automóveis e
mudaram tudo.
Mesmo no Brasil, que é
atrasado em relação a isso, já devem existir 25 a 30 milhões deles.
Para algo que promete
ser tão importante, fundamental mesmo na vida das pessoas, o Brasil e o Espírito
Santo fazem relativamente bem pouco. Há a Internet, a Internet 2 e a RNP (Rede
Nacional de Pesquisas; mas não uma RCP, Rede Capixaba de Pesquisas, por exemplo).
Não há uma visualização
direta e firme dos potenciais da Internet -- globais, brasileiros, estaduais e
municipais/urbanos. Como sempre os governos são modernos, bons para os anos
1700, precisando ser contemporanizados, atualizados para o século XXI, com um
salto sobre os 300 anos de atraso.
Eles não TOMAM A FRENTE,
como diz o povo; estão sempre à retaguarda. É como se a locomotiva fosse puxada
pelos vagões, e não o contrário, como deveria ser.
Em vez de termos tantas
novelas, os governos bem que poderiam agendar com as emissoras um assim chamado
HORÁRIO NOBRE DA INTERNET, para nobre missão, das 19 às 20 ou das 20 às 21
horas. Que fossem 30 minutos, de início, para ver a aceitação do público.
As matérias podem ser
variadíssimas. Darei alguns títulos.
·
hardware/máquinas
·
software/programas
·
a
situação presente do Brasil e do estado do ES
·
os
centros mais avançados
·
imbricação
da informática com a cibernética
·
bibliografia
·
excelência
brasileira
·
locais
públicos de acesso nas cidades, etc.
Podem ser milhares de abordagens.
E do mesmo modo no restante da mídia
(rádios, revistas, jornais, livros e a própria Internet), no geral mais
avançado que a TV.
A Internet não se parece, por suas
características, com nada que tenhamos visto antes, exceto as rodas. Ela é, por
assim dizer, a RODA DO PENSAMENTO, catapultando-o a alturas nunca sonhadas. E,
é lógico, deve ter um tratamento à altura.
Vitória, sexta-feira, 03
de maio de 2002.
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