Orientação
Profissional
No modelo chamei de
Chave do SER memória, inteligência e controle ou comunicação, e de Chave do TER
matéria, energia e informação. As duas juntas, Chave CST. Informação e controle
se juntam para formar o info-controle ou info-comunicação, que é o que
direciona a coletividade humana, no final das contas.
Os estúpidos testes de
QI, ou quociente de inteligência medem somente um desses fatores, e assim mesmo
de modo questionável, de forma que o povo passou a chamar jocosamente de Quem
Informou?
Como eu já disse nos
textos, seria melhor definir um índice total, para o SER QIMC, e para o TER QEIM,
digamos, para mensurar a capacidade de resolução de problemas ou questões dos
conjuntos, que são, os pessoais,
indivíduos, famílias, grupos e empresas, e os ambientais, municípios/cidades, estados, nações e mundo, assim como
se fosse a resolução ou separabilidade diametral dos olhos, aquilo que podemos
discernir olhando de uma certa distância. Podemos rearranjar as letras, de modo
a ficar fácil de falar, como CIM/MEI, um teste completo, científico. Ora, que
adianta ter um espírito agudo, enquanto pessoa, e não ter os recursos para
estudar? Ou, pior ainda, vice-versa, que é perda de tempo?
Vem então a questão da
ORIENT/AÇÃO PROFISSIONAL. Olhe que é ato permanente de orientar, AÇÃO. E deve
ser profissional e não amadora, quer dizer, deve ter um programa de treinamento
apurado dos orientadores, orientação para os primeiros professores, portanto
uma distribuição programática feita pelo conhecimento alto ou pelo conhecimento
baixo, que seja, pelo menos.
E a quem deve se
dirigir?
Bom, aos pares polares,
pois há separações quantitativas, embora não deva havê-las qualitativas, seriam
antidemocrático e inconstitucional.
Mulheres e homens,
velhos e novos, negros e brancos, indígenas e conquistadores, crianças e
adultos, pobres e ricos, empregados e patrões, etc., dando-se mais a quem tem
menos.
Por Orientação Profissional, hoje em dia, pensa-se numa coisa
provisória e esporádica que ocorre uma vez só na vida, geralmente no final da
adolescência, quando deve ser respondida a pergunta “o que vou ser quando
crescer?”. Tal questão já evidencia um pensamento errôneo, de que há um fim
para o crescimento. Mas não, se o crescimento em altura termina, o mesmo não se
dá com a inteligência, a memória, o controle/comunicação e o domínio da
matéria, da energia e da informação. Conseqüentemente a ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL que estou pleiteando deve se estender por
toda a vida, do Jardim de Infância até a mais extrema velhice, e deveria
constituir um importante departamento nas empresas, e secretaria ou ministério,
no governo.
Tanto para empregados
quanto para desempregados.
Às vezes uma pessoa
passou a vida toda num emprego ruim, que detestava e onde rendeu pouco, e na
aposentadoria poderia desejar fazer o que gosta, reorientando toda a sua vida,
tornando-se uma pessoa feliz, e assim também aos que estão à sua volta.
Ou dar uma reviravolta,
uma volta completa em sua vida.
Ou saber o que está
correndo no país e no mundo.
Do mesmo modo como falei da educação, que deveria passar
de moderna a contemporânea, os governos deveriam fazê-lo também, saltando
por sobre o fosso, pois ainda são bons para 300 anos atrás. A isso poderíamos
chamar CONTEMPORANIZAR-SE. Atualizar-se, vir para o dia de hoje, dar as
respostas para as perguntas hodiernas, e não ficar apenas construindo pontes,
hospitais, escolas, que eram os pleitos de 300, 200 ou 100 anos atrás.
Pessoas de grande
conhecimento geral prévio engajadas num treinamento intensivo e amplo, seja em
voluntariado, seja por meio de pagamento. Melhor o último, que cria obrigação e
aprimoramento, em contratos temporários sujeitos a avaliação permanente de
resultados, segundo quesitos. Mas não se deve fechar a outra aproximação,
porque existe gente que quer trabalhar sem receber, apenas pelo prazer de fazer
o bem.
Enfim, rever essa
questão de orientação, de contribuir para esclarecer as pessoas e os ambientes
quanto aos rumos que podem tomar.
O mundo cresceu,
complexificou-se, tornou-se extraordinariamente vasto. Não é bom que os
produtores e organizadores sejam deixados sozinhos nesses caminhos intrincados.
Vitória, sábado, 13 de
abril de 2002.
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