Sunday, October 27, 2013

O Código da Bíblia (da série Expresso 222..., Livro 1)


O Código da Bíblia

 

                        No livro de Michael Drosnin, que tem esse nome, 3ª. edição, São Paulo, Cultrix, 2001 o autor, que é jornalista americano, recorreu ao matemático israelense, Doutor Elyahu Rips, e aos artigos que ele escreveu para revistas científicas de divulgação, para descobrir, dentro do Antigo Testamento, mediante certos artifícios computacionais, descrições de vários acontecimentos passados, presentes e futuros.

                        Muitos matemáticos confirmaram a validade dos apontamentos do Doutor Rips, testando e re-testando a tese, sem descobrir nela qualquer erro, segundo o autor.

                        À parte se é verdadeiro ou não, há algumas curiosidades. O grande matemático e físico inglês Isaac Newton, por exemplo, a par de suas contribuições nessas áreas, buscou persistentemente enquanto místico a decifração de tal código, sem, aparentemente, nada conseguir. E saltando de 50 em 50 letras no Gênesis (em hebraico, naturalmente), a palavra Torah é constantemente repetida, diz o Drosnin. Questão de acreditar ou fazer o teste.

                        É indispensável comprar e ler o livro.

                        Mas aqui não quero falar DESSA decifração, e sim de outra, que proporei, por conta da chamada Grade Signalítica, que descobri no modelo que escrevi. Outra hora falo dela, agora vou só usá-la.

                        Diz o autor, p. 25: “A Bíblia não é apenas um livro – é também um programa de computador”, e que, para encontrar o dito código, Rips eliminou os espaços entre as palavras, obtendo uma linha contínua com 304.805 letras.

                        Mas há instruções bem específicas, dentro do chamado “texto aberto”, contra o outro, que é oculto ou fechado, e supostamente descoberto por Rips. Usando resumo que o autor coloca ao final do livro como Notas das Ilustrações, podemos obtê-las.

1)      p. 223: “Guarda estas palavras em segredo, e conserva selado este livro até o fim dos tempos”, Daniel 12:4. Usando a Grade podemos ler FIM DOS TEMPOS como FIM DAS DUPLAS (e outras leituras), que posso entender como o fim dos pares polares opostos/complementares. Então, se foi aberto ANTES do fim, não ter sido quebrado o selo;

2)      em Isaías 41:23 diz-se: “Eles contaram o futuro às avessas”, o que o autor diz que pode ser lido como “revele as letras de trás para a frente”. Como o hebraico é lido da direita para a esquerda, de cima para baixo, do começo para o fim (parcialmente ao contrário do português, que é da esquerda para a direita, de cima para baixo, do começo para o fim), as instruções dizem para ler a única linha DA DIREITA PARA A ESQUERDA, DE BAIXO PARA CIMA, DO FIM PARA O COMEÇO. Está bem claro que primeiro é preciso fazer essa inversão, invertendo toda a linha, lendo da esquerda para a direita e do fim para o começo quando as palavras forem postas em páginas. Como as palavras vão estar invertidas, os israelenses vão ter de ler cuidadosamente cada palavra, ou passar no computador, para colocá-las na posição correta;

3)     acontece que se diz que “a Bíblia foi escrita por Deus”, o que a Grade Signalítica pode traduzir como A BÍBLIA FOI ESCRITA POR DUPLAS, quer diz, uma coluna de duas palavras, ou uma dupla de duplas, um par de duplas, ou o que for.

Para resumir, inverter a linha de trezentas e tantas mil palavras,

dividi-la em uma coluna de duas letras, ou duas, ou três, etc., e começar a leitura de baixo para cima na folha, da direita para a esquerda, e de trás para diante, quer dizer, da última para a primeira folha.

                        E SÓ AÍ BUSCAR QUALQUER CÓDIGO, pois primeiro é preciso romper o selo obedecendo à ORDEM DE LEITURA. Pode ser que a matemática/estatística de Rips esteja correta (acredito que sim), mas antes que se faça isso ela de nada adiantará.

                        Quanto aos textos de controle, por exemplo, Guerra e Paz, de Tolstoi, para eles revelarem as mensagens que estão por trás deles é preciso NÃO usar o hebraico, mas o alfabeto em que foi escrito originalmente o livro, o cirílico, achando nele sua própria Grade de Sinais. Ou, em cada caso, o alfabeto usado. Como isso não foi feito, não seria de esperar que se achasse mesmo nada de revelador.

                        Vitória, terça-feira, 09 de abril de 2002.

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