O
Código da Bíblia
No livro de Michael
Drosnin, que tem esse nome, 3ª. edição, São Paulo, Cultrix, 2001 o autor, que é
jornalista americano, recorreu ao matemático israelense, Doutor Elyahu Rips, e
aos artigos que ele escreveu para revistas científicas de divulgação, para
descobrir, dentro do Antigo Testamento, mediante certos artifícios
computacionais, descrições de vários acontecimentos passados, presentes e
futuros.
Muitos matemáticos
confirmaram a validade dos apontamentos do Doutor Rips, testando e re-testando
a tese, sem descobrir nela qualquer erro, segundo o autor.
À parte se é verdadeiro
ou não, há algumas curiosidades. O grande matemático e físico inglês Isaac
Newton, por exemplo, a par de suas contribuições nessas áreas, buscou
persistentemente enquanto místico a decifração de tal código, sem,
aparentemente, nada conseguir. E saltando de 50 em 50 letras no Gênesis (em
hebraico, naturalmente), a palavra Torah é constantemente repetida, diz o
Drosnin. Questão de acreditar ou fazer o teste.
É indispensável comprar
e ler o livro.
Mas aqui não quero falar
DESSA decifração, e sim de outra, que proporei, por conta da chamada Grade
Signalítica, que descobri no modelo que escrevi. Outra hora falo dela, agora
vou só usá-la.
Diz o autor, p. 25: “A
Bíblia não é apenas um livro – é também um programa de computador”, e que, para
encontrar o dito código, Rips eliminou os espaços entre as palavras, obtendo
uma linha contínua com 304.805 letras.
Mas há instruções bem
específicas, dentro do chamado “texto aberto”, contra o outro, que é oculto ou
fechado, e supostamente descoberto por Rips. Usando resumo que o autor coloca
ao final do livro como Notas das Ilustrações, podemos obtê-las.
1) p. 223: “Guarda estas palavras em segredo, e conserva selado este livro até o
fim dos tempos”, Daniel 12:4. Usando a Grade podemos ler FIM DOS TEMPOS
como FIM DAS DUPLAS (e outras leituras), que posso entender como o fim dos
pares polares opostos/complementares. Então, se foi aberto ANTES do fim, não
ter sido quebrado o selo;
2) em Isaías 41:23 diz-se: “Eles contaram o futuro às avessas”,
o que o autor diz que pode ser lido como “revele as letras de trás para a
frente”. Como o hebraico é lido da direita para a esquerda, de cima para baixo,
do começo para o fim (parcialmente ao contrário
do português, que é da esquerda para a direita, de cima para baixo, do
começo para o fim), as instruções dizem para ler a única linha DA DIREITA PARA
A ESQUERDA, DE BAIXO PARA CIMA, DO FIM PARA O COMEÇO. Está bem claro que
primeiro é preciso fazer essa inversão, invertendo toda a linha, lendo da
esquerda para a direita e do fim para o começo quando as palavras forem postas
em páginas. Como as palavras vão estar invertidas, os israelenses vão ter de
ler cuidadosamente cada palavra, ou passar no computador, para colocá-las na
posição correta;
3) acontece que se diz que “a Bíblia
foi escrita por Deus”, o que a Grade Signalítica pode traduzir como A
BÍBLIA FOI ESCRITA POR DUPLAS, quer diz, uma coluna de duas palavras, ou uma dupla
de duplas, um par de duplas, ou o que for.
Para resumir,
inverter a linha de trezentas e tantas mil palavras,
dividi-la
em uma coluna de duas letras, ou duas, ou três, etc., e começar a leitura de baixo para cima na folha, da direita para a
esquerda, e de trás para diante, quer dizer, da última para a primeira folha.
E SÓ AÍ BUSCAR QUALQUER
CÓDIGO, pois primeiro é preciso
romper o selo obedecendo à ORDEM DE LEITURA. Pode ser que a
matemática/estatística de Rips esteja correta (acredito que sim), mas antes que
se faça isso ela de nada adiantará.
Quanto aos textos de
controle, por exemplo, Guerra e Paz, de Tolstoi, para eles revelarem as
mensagens que estão por trás deles é preciso NÃO usar o hebraico, mas o
alfabeto em que foi escrito originalmente o livro, o cirílico, achando nele sua
própria Grade de Sinais. Ou, em cada caso, o alfabeto usado. Como isso não foi
feito, não seria de esperar que se achasse mesmo nada de revelador.
Vitória, terça-feira, 09
de abril de 2002.
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