Profissional
de Orientação
Por incrível que pareça,
num mundo tão vasto e complexo quanto este (para quem vem de trás), há neste
planeta falta de orientação. Como pudemos falhar tão clamorosamente assim? O
máximo a que chegamos foi a Orientação
Familiar (para casais com problemas de relacionamento – algo em desuso), Orientação Educacional ou Estudantil
(um arremedo, que trata dos testes de QI e pouco mais) e Orientação Profissional (que não passa de uma concessão interesseira
da burguesia).
O modelo vai muito mais
longe que isso.
Ele diria de orientações pessoambientais:
ORIENTAÇÕES PESSOAIS (individuais, familiares, grupais e empresariais) e
ORIENTAÇÕES AMBIENTAIS (municipais/urbanas, estaduais, nacionais e mundial).
Falaria
de orientações aos conhecimentos altos (Magia, Teologia, Filosofia e
Ciência) e aos conhecimentos baixos
(Arte, Religião, Ideologia e Técnica) e à Matemática. De orientações
científicas (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4,
Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6). De orientações
psicológicas: psicanalítica (às figuras – quem), psico-sintética (dos
objetivos alcançáveis ou metas – por quê), econômica (da produção – com quê),
sociológica (da organização – como), espacial (do espaço ou lugar – onde),
temporal (do tempo ou instante – quando). De orientações econômicas: agropecuárias/extrativistas, industriais,
comerciais, de serviços e bancárias. Sem falar nas 6,5 mil profissões que,
segundo dizem, são professadas no mundo-Terra.
E assim por diante.
Enfim, o modelo vê a
ORIENT/AÇÃO (ato permanente de orientar) como uma nova dimensão das relações
humanas.
É evidente que toda a
PEDAGOGIA é uma espécie de orientação, dos professores (representando as
escolas, e estas ao modelo educacional – mundial, nacional, estadual,
municipal/urbano) aos alunos, ao estudantado. E vice-versa, a orientação é uma pedagogia mais ampla,
geral. A Orientação (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de orientações) é o
modo geral de ensinar, de transferir o conhecimento. A pedagogia seria
a orientação-educacional, havendo outras, evidente.
Torna-se claro,
raciocinando assim, que os governos e as empresas, os governempresas, as
políticadministrações devem inquestionavelmente preparar-se para oferecer essa
ajuda, no mundo MUITO MAIS complexo que o futuro está desenhando.
As pessoas e os
ambientes estão necessitando
tremendamente desse amparo, desse empurrão para continuarem em frente
proveitosamente ao máximo. O mundo humano tornou-se intricado demais para ser
encarado sozinho, seja por qual conjunto for, exceto a própria totalidade do
mundo. Ninguém consegue deixar de ter inquietações, verdadeiros arrepios de
pasmo e receio, diante do enfrentamento posto pelos dias de hoje.
Por via de tal
pensamento, os PROFISSIONAIS DE ORIENTAÇÃO, nova e larguíssima
profissão do futuro, devem primeiro ser formados num contingente apropriado e
depois multiplicados com rígido controle de qualidade, de forma que dentro de
três décadas tenhamos milhares e mesmo milhões deles em todo o mundo, portanto
uma formidável carga e dados em bancos de dados extraordinariamente dilatados.
Que mundinho mais besta
era esse pelo qual eu tinha paixão infantil! Quanta arrogância e estupidez nós
tínhamos diante de tudo!
Antes acordar tarde que
nunca, diz o ditado popular reformado. Cabe
correr para estabelecer o quanto antes esse novo grupo de profissionais,
criando as faculdades para o chamado “ensino superior” dela modalidade nova de
pensimaginação.
Vitória, sexta-feira, 03
de maio de 2002.
No comments:
Post a Comment