Sunday, October 27, 2013

Língua como Computação (da série Expresso 222..., Livro 1)


Língua como Computação

 

                        No modelo chamei o conjunto software/hardware de programa/máquina, programáquina.

                        As P/M existem em seis grupos diferentes, cada um deles subdivididos em dois. Os grupos são Físico/Química (primeira ponte, p.1, esta), Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6, a mais elevada delas. Correspondem às natureza zero, um, dois, três, quatro e cinco (N.O a N.5).Um dos subgrupos seria a Física e a Química. Daí teríamos uma língua para N.0, nível F/Q,  Língua Físico/Química (LFQ), com dois dialetos, Dialeto da Física e Dialeto da Química.

                        O fato é que, na Física, ainda estão caçando nas supercordas a chamada Teoria de Tudo, novo nome para a Teoria do Campo Unificado, que Einstein buscou até a morte, em 1955. Se nem chegaram a ela, como propor a unidade com a Química, a ponto de ver a ambas as disciplinas como dialetos de uma língua principal?

                        Mas as coisas vão assim mesmo, aos trancos e barrancos.

                        De forma que teríamos a Língua Físico/Química, a Língua Biaológica/p.2, a Língua Psicológica/p.3, a Língua Informática/p.4, a Língua Cosmológica/p.5 e a Língua Dialógica/p.6.

                        A LP/p.3, por sua vez, seria constituída de todas essas, presuminadamente, remanescentes oito mil línguas humanas, mais, posteriormente, uma língua científica própria nesse nível.

                        A LI/p.4, informacional/p.4, não seria, nem de longe essas línguas baixas de MEMÓRIA DE MÁQUINA de agora, e sim uma verdadeira língua da MEMÓRIA/INTELIGÊNCIA/CONTROLE (ou comunicação) artificial, muitíssimo mais avançada que qualquer língua psicológica ou racional ou humana.

                        Sem falar nas de cima, cosmológicas/p.5 e dialógicas/p.6. Estas ainda deveriam reunir os elementos de lógica com os elementos de dialética, numa língua comum pelo centro, dialética, de todos os possíveis (virtuais) e prováveis (reais) diálogos de mundo.

                        Sendo as línguas todas junção de um programa e de uma máquina, resta perguntar onde, nas línguas psicológicas, estão um e outra. É claro que a máquina humana é o corpo/cérebro, exterior, estático, enquanto o programa está no interior, na mente/GAP (gerador-de-autoprogramas), dinâmico, formando um par-do-modelo estático/dinâmico, mecânico. É evidente também que a linha-de-programação racional é analógica, não digital, como nas máquinas que construímos. E é decimal apenas porque temos duas mãos, com dez dedos. Poderia ser vigesimal, como entre os maias, sexagesimal, como entre os sumerianos, ou de qualquer outra base computacional alta.

                        As línguas humanas, apesar de tudo, foram poucos estudadas, exceto internamente, no seu uso diário. Não foram vistas de fora, como processobjeto virturreal dialógico. Ou seja, nós as usamos, e compreendemos até como substantivos se unem a adjetivos e verbos para formar frases, mas não compreendemos O QUÊ esses elementos de dialógica são, na verdade. Não temos um modelo geral que forme línguas, através do qual as línguas, tais como elas existem acidentalmente, foram formadas, com seus acertos e erros. Qual é a língua humana de maior rendimento MINIMAX, que faça mais com menos recursos? Não sabemos dizer.

                        E, se é assim, como melhorar o poder computacional analógico racional das línguas humanas?

                        Pergunta que seria vã, se não indicasse um caminho.

                        Enfim, a busca é de ampliar nossa racionalidade via melhoramento qualitativo por salto revolucionário da prateoria das línguas humanas, por exemplo, o português.

                        Vitória, sexta-feira, 26 de abril de 2002.

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