Língua
como Computação
No modelo chamei o conjunto
software/hardware de programa/máquina, programáquina.
As P/M existem em seis
grupos diferentes, cada um deles subdivididos em dois. Os grupos são
Físico/Química (primeira ponte, p.1, esta), Biologia/p.2, Psicologia/p.3,
Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6, a mais elevada delas.
Correspondem às natureza zero, um, dois, três, quatro e cinco (N.O a N.5).Um
dos subgrupos seria a Física e a Química. Daí teríamos uma língua para N.0, nível
F/Q, Língua Físico/Química (LFQ), com
dois dialetos, Dialeto da Física e Dialeto da Química.
O fato é que, na Física,
ainda estão caçando nas supercordas a chamada Teoria de Tudo, novo nome para a Teoria do Campo Unificado, que Einstein buscou até a morte, em
1955. Se nem chegaram a ela, como propor a unidade com a Química, a ponto de
ver a ambas as disciplinas como dialetos de uma língua principal?
Mas as coisas vão assim
mesmo, aos trancos e barrancos.
De forma que teríamos a
Língua Físico/Química, a Língua Biaológica/p.2, a Língua Psicológica/p.3, a
Língua Informática/p.4, a Língua Cosmológica/p.5 e a Língua Dialógica/p.6.
A LP/p.3, por sua vez,
seria constituída de todas essas, presuminadamente, remanescentes oito mil
línguas humanas, mais, posteriormente, uma língua científica própria nesse
nível.
A LI/p.4,
informacional/p.4, não seria, nem de longe essas línguas baixas de MEMÓRIA DE
MÁQUINA de agora, e sim uma verdadeira língua da MEMÓRIA/INTELIGÊNCIA/CONTROLE
(ou comunicação) artificial, muitíssimo mais avançada que
qualquer língua psicológica ou racional ou humana.
Sem falar nas de cima,
cosmológicas/p.5 e dialógicas/p.6. Estas ainda deveriam reunir os elementos de
lógica com os elementos de dialética, numa língua comum pelo centro, dialética,
de todos os possíveis (virtuais) e prováveis (reais) diálogos de mundo.
Sendo as línguas todas
junção de um programa e de uma máquina, resta perguntar onde, nas línguas
psicológicas, estão um e outra. É claro que a máquina humana é o corpo/cérebro,
exterior, estático, enquanto o programa está no interior, na mente/GAP (gerador-de-autoprogramas),
dinâmico, formando um par-do-modelo estático/dinâmico, mecânico. É evidente
também que a linha-de-programação racional é analógica, não digital, como nas
máquinas que construímos. E é decimal apenas porque temos duas mãos, com dez
dedos. Poderia ser vigesimal, como entre os maias, sexagesimal, como entre os
sumerianos, ou de qualquer outra base computacional alta.
As línguas humanas,
apesar de tudo, foram poucos estudadas, exceto internamente, no seu uso diário.
Não foram vistas de fora, como processobjeto virturreal dialógico. Ou seja, nós
as usamos, e compreendemos até como substantivos se unem a adjetivos e verbos
para formar frases, mas não compreendemos O QUÊ esses elementos de dialógica
são, na verdade. Não temos um modelo geral que forme línguas, através do qual as
línguas, tais como elas existem acidentalmente, foram formadas, com seus
acertos e erros. Qual é a língua humana de maior rendimento MINIMAX, que faça
mais com menos recursos? Não sabemos dizer.
E, se é assim, como
melhorar o poder computacional analógico racional das línguas humanas?
Pergunta que seria vã,
se não indicasse um caminho.
Enfim, a busca é de
ampliar nossa racionalidade via melhoramento
qualitativo por salto revolucionário da prateoria das línguas humanas, por
exemplo, o português.
Vitória, sexta-feira, 26
de abril de 2002.
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