Economia
Psicológica
No modelo a Psicologia,
uma das ciências, se divide em psicanálise (das figuras), psico-síntese (dos
objetivos), economia (das produções), sociologia (das organizações) e
espaçotempo (Geo-História).
Como ciência, a
Psicologia está na pontescada tecnocientífica. As ciências, técnicas altas, são: Física/Química (primeira ponte),
Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6.
As técnicas, ciências baixas, são:
Engenharia/X1, Medicina/X2, Psiquiatria/X3, Cibernética/X4, Astronomia/X5 e
Discursiva/X6.
A Dialógica/p.6 e a
Discursiva/X6 estarão mais próximas da matematização total. No entanto tudo
começa da base, na Física/Química e Engenharia/X1, vindo as outras a seguir.
Por enquanto está se dando a matematização da Biologia/p.2 e da Medicina/X2.
A da Psicologia/p.3 e da
Psiquiatria/X3 estão distantes.
Como compreender que a
Economia, sendo uma das psicologias filosóficas, queira reivindicar o status
matemático?
De fato, ela usa a
Matemática, mas só a mais primitiva, até as integrais, e nada mais que isso. Em
geral usa uns graficozinhos. Ela não “vai fundo”, como diz o povo. Fica na
superfície. Contudo, para quem está mais por fora ainda, parece muito, e ela se
assemelha a uma ciência plena, de fato.
Não é, é uma psicologia EM ESTÁGIO FILOSÓFICO.
Não passa disso, embora
pretenda estar em grandes alturas.
Há
uma piada assim: dois caras estão perdidos num balão e vêem lá embaixo um
outro, ao qual perguntam onde estão. O outro responde: “aí”. No balão um fala
para o outro: “esse cara é economista. A informação está perfeitamente correta,
mas não serve para nada”.
Segundo outra, Colombo
foi o primeiro economista: saiu sem saber para onde ia, chegou sem saber onde
estava – e tudo por conta do governo.
A Economia deixa muito a
desejar enquanto economia agropecuária/extrativista, economia industrial,
economia comercial, economia de serviços e economia bancária. Não tem teorias
científicas para as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) nem para
ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo). Não pode prever os
circuitos (por exemplo, não sei se foi Galbraith que disse que os economistas
previram nove das duas últimas crises americanas), não tem uma teoria dos ciclos
convincente, não consegue dirigir a produção local e geral sem traumas para os
produtores.
São umas negações, os
economistas.
Não dispõe de cartuchos
ou cártulas psicológicas/econômicas, como já pedi. Cada um afirma uma coisa
diferente, sem um centro ou eixo de condução. As hipóteses não são testáveis e
refutáveis, exceto a posteriori, e nunca podem ser programadas em laboratório,
porque não existe uma ainda mais ampla teoria que a leve da listagem de fatos
até a verificação das afirmações, num largo esforço equacional.
É uma psicologia
filosófica, não científica, e parece que, a menos de uma revisão profunda, não
chegará a ser.
Entrementes tenho esperança
de que ela acabará por tornar-se científica ao matematizar-se devidamente. Acho
que não demora muito, na medida da deseroização e do fim do orgulho funesto de
que são dotados os economistas. Desde que saibam descer de seu falso Olimpo
serão capazes de rever sua disciplina para melhor.
Vitória, segunda-feira,
20 de maio de 2002.
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