Sunday, October 27, 2013

Tirando Férias (da série Se Precisar Eu Conto)


Tirando Férias

 

- Os trabalhadores de agora acham que os 30 dias de férias “regulamentares” existem desde sempre, sem saber que no século XIX as pessoas trabalhavam 16 e até 18 horas, inclusive crianças, de segunda a sábado, folgando apenas o domingo porque o cristianismo o exigia. De fato, os judeus introduziram apenas no âmbito da Judéia o sabat ou sábado como “Dia do Senhor”, trabalhando aos domingos, que era nos termos de Portugal a primeira-feira. Na época dos faraós, por exemplo, em 1000 a.C. trabalhava-se todos os dias do ano.

- Foi o cristianismo que instituiu o domingo, começando a semana de trabalho na segunda-feira, o segundo dia. Depois vieram as folgas de Natal e de Primeiro de Ano, o Ano Novo, demorando muito consegui-las. Depois vieram pequenas férias, seria interessante conseguir um panorama geral, mundial.

PANORAMA

1.       em que ritmo os países adotaram o domingo?

2.       qual foi a seqüência da comemoração do Natal e do Ano Novo?

3.      quando se deixou de trabalhar 18 e 16 horas e como se deu a evolução para o dia de oito horas de trabalho?

4.      quando o sábado deixou de ser trabalhado o dia inteiro (onde aconteceu isso primeiro e como foi adotado em seguida)?

5.      que países abandonaram antes a metade do dia de sábado?

6.      quais chegaram primeiro a seis horas trabalhadas todo dia (segunda a sexta)?

7.      como foi a progressão aos 30 dias de férias? Ainda hoje muitos países não as adotam.

- Os trabalhadores morreram para conseguir as vantagens, como tempo de serviço, abono para tratamento de saúde, férias-prêmio (tudo veio da tolerância cristã), aposentadoria, comemoração do Dia do Trabalho em primeiro de maio de cada ano e assim por diante.

- Seria interessante uma caderneta para avaliarmos CORRETAMENTE quanto despendemos com eles a cada ano. Quantos nos custam esses cabras? Eles pensam que essa coisa é gratuita, que se não ficarem atentos não lhes vai ser tirado. Pensam que é eterno, que é dado para sempre, que não vem do equilíbrio da batalha, que não é ciclo, que é permanente.

- Isso não pode permanecer assim.

Os outros empresários assentiram.

- Temos de analisar como começar a lhes tirar as coisas, como diminuir a nossa carga, aumentando a deles. Já introduzimos as mulheres no mercado de trabalho a título de lhes proporcionar liberdade e o fato é que hoje pagamos o mesmo por dois, o homem e a mulher, e chamamos isso de renda familiar. Contudo, está lento. Temos de começar por tirar as férias deles, um dia de cada vez. De fato, devemos atacar em várias frentes, colocar os marqueteiros e os governos para pensar, arranjar soluções.

Serra, segunda-feira, 16 de abril de 2012.

José Augusto Gava.

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