Escola
Capixaba de Investimentos
Tendo
sido nacionalmente preterido até 1975, como já falei e escrevi tantas vezes, o
estado do Espírito Santo só tem mesmo 27 anos de desenvolvimento, o que nos
trouxe muitas coisas boas, como já denotei.
Sendo pequeno, com
45.597 km2, o terceiro menor estado, à frente somente de Alagoas e Rio de
Janeiro, fora o Distrito Federal, e com apenas, no máximo, 2,5 % da renda
nacional (1/40 do Brasil, que é 1/40 do mundo = 1/1.600 do mundo), o ES deve
usar de todos os artifícios legítimos para prosperar, em seu próprio nome e em
nome dos outros brasileiros (e dos estrangeiros) que podem aqui encontrar
amparo e boa recepção.
Como disse alguém, cuide
dos centavos que os dólares cuidam de si mesmos. Ou seja, se você tratar das miudezas
elas crescerão a ponto de se tornarem muito respeitáveis.
Veja que as pessoas
nascem desconhecendo quase tudo (exceto por suas heranças genéticas), sendo
esse o ZERO DE FORMAÇÃO PSICOLÓGICA (zero de auto-reconhecimento como figura
humana, zero de objetivos, zero de produção/economia, zero de
organização/sociologia, zero de espaço e zero de tempo, ou seja, de espaçotempo
ou tempespaço, de tempolugar, de pontinstante, de Geo-História – exceto se já
vem com herança familiar, grupal, empresarial).
Os
capixabas fomos particularmente prejudicados pela decisão dos governos centrais
colonial, imperial e republicano, e agora devemos reunir-nos como pessoas
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) e como ambientes (municípios,
cidades, remorsos dos estados e do país, e mundo). Não que não tenhamos nossas
rixas, é que elas devem ser abrandadas, reduzidas, minoradas.
Sendo desse modo, os
conjuntos podem reunir-se para prosperar juntos, de uma forma que o Brasil não
conhece, ainda.
Reuniões de indivíduos,
círculos de famílias, aglomerações de grupos, agregações de empresas,
associações de municípios/cidades, cooptações de governos (pelos três poderes)
e empresas de outros estados, verdadeira e insistente “pedição” aos três
poderes federais e por fim solicitações planetárias, em particular ao G-8.
Não podemos perder nem
um prego enferrujado.
As pessoas fizeram uma
lista de “indicações de pobreza ou miséria”, por exemplo colocar Bombril em
antena de TV ou colherinha no bico de garrafa de refrigerante para impedir o
gás de sair. Esses gozadores baratos não vêem que isso é inventividade, em
primeiro lugar, e em segundo é resistência diante da falta de recursos e
riquezas, constituindo positivíssimo valor de sobrevivência na luta pela
aptidão psicológica.
Como é que os pobres e
miseráveis fazem para sobreviver diante dos recursos e riquezas disparadamente
maiores dos ricos e classe média alta? Certamente é tirando dos recursos e
riquezas disponíveis, insignificantes diante dos outros, TUDO QUE PODEM OFERECER,
sugando
até a última gota, espremendo até o bagaço.
Isso deveria render
centenas de teses de mestrado e doutorado, mas a Academia é idiota, só sabe
zombar, com base numa suposta e não provada “superioridade” estamental. Quando
você olha nas fotografias e pinturas antigas as roupas que sobreviveram foram
as mais simples, as dos pobres e miseráveis, e não as dos ricos e médios-altos.
Os despossuídos de agoraqui serão os superiores de amanhã, enquanto os
terratenentes decairão até desaparecerem do retrato do futuro.
Nós, como estado
antigamente pobre, seremos ricos nalgum ponto do futuro. Contudo, essa riqueza
é CONSTRUTIVA, ela não aparece por si mesma, sem perseguição – ela não vem
bater à nossa porta, escancarando suas possibilidades diante da inércia.
Precisamos juntar nossos
esforços, focá-los como num laser. E isso significa transferir às pessoas e aos
ambientes o conhecimento mais alto, por exemplo, o dos investimentos, todos
eles, de empresas a construir a aplicações financeiras, publicando todo tipo de
mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet de investimentos).
Vitória, domingo, 12 de
maio de 2002.
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