Thursday, October 31, 2013

Escola Capixaba de Investimentos (da série Expresso 222..., Livro 2)


Escola Capixaba de Investimentos

 

                        Tendo sido nacionalmente preterido até 1975, como já falei e escrevi tantas vezes, o estado do Espírito Santo só tem mesmo 27 anos de desenvolvimento, o que nos trouxe muitas coisas boas, como já denotei.

                        Sendo pequeno, com 45.597 km2, o terceiro menor estado, à frente somente de Alagoas e Rio de Janeiro, fora o Distrito Federal, e com apenas, no máximo, 2,5 % da renda nacional (1/40 do Brasil, que é 1/40 do mundo = 1/1.600 do mundo), o ES deve usar de todos os artifícios legítimos para prosperar, em seu próprio nome e em nome dos outros brasileiros (e dos estrangeiros) que podem aqui encontrar amparo e boa recepção.

                        Como disse alguém, cuide dos centavos que os dólares cuidam de si mesmos. Ou seja, se você tratar das miudezas elas crescerão a ponto de se tornarem muito respeitáveis.

                        Veja que as pessoas nascem desconhecendo quase tudo (exceto por suas heranças genéticas), sendo esse o ZERO DE FORMAÇÃO PSICOLÓGICA (zero de auto-reconhecimento como figura humana, zero de objetivos, zero de produção/economia, zero de organização/sociologia, zero de espaço e zero de tempo, ou seja, de espaçotempo ou tempespaço, de tempolugar, de pontinstante, de Geo-História – exceto se já vem com herança familiar, grupal, empresarial).

                        Os capixabas fomos particularmente prejudicados pela decisão dos governos centrais colonial, imperial e republicano, e agora devemos reunir-nos como pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e como ambientes (municípios, cidades, remorsos dos estados e do país, e mundo). Não que não tenhamos nossas rixas, é que elas devem ser abrandadas, reduzidas, minoradas.

                        Sendo desse modo, os conjuntos podem reunir-se para prosperar juntos, de uma forma que o Brasil não conhece, ainda.

                        Reuniões de indivíduos, círculos de famílias, aglomerações de grupos, agregações de empresas, associações de municípios/cidades, cooptações de governos (pelos três poderes) e empresas de outros estados, verdadeira e insistente “pedição” aos três poderes federais e por fim solicitações planetárias, em particular ao G-8.

                        Não podemos perder nem um prego enferrujado.

                        As pessoas fizeram uma lista de “indicações de pobreza ou miséria”, por exemplo colocar Bombril em antena de TV ou colherinha no bico de garrafa de refrigerante para impedir o gás de sair. Esses gozadores baratos não vêem que isso é inventividade, em primeiro lugar, e em segundo é resistência diante da falta de recursos e riquezas, constituindo positivíssimo valor de sobrevivência na luta pela aptidão psicológica.

                        Como é que os pobres e miseráveis fazem para sobreviver diante dos recursos e riquezas disparadamente maiores dos ricos e classe média alta? Certamente é tirando dos recursos e riquezas disponíveis, insignificantes diante dos outros, TUDO QUE PODEM OFERECER, sugando até a última gota, espremendo até o bagaço.

                        Isso deveria render centenas de teses de mestrado e doutorado, mas a Academia é idiota, só sabe zombar, com base numa suposta e não provada “superioridade” estamental. Quando você olha nas fotografias e pinturas antigas as roupas que sobreviveram foram as mais simples, as dos pobres e miseráveis, e não as dos ricos e médios-altos. Os despossuídos de agoraqui serão os superiores de amanhã, enquanto os terratenentes decairão até desaparecerem do retrato do futuro.

                        Nós, como estado antigamente pobre, seremos ricos nalgum ponto do futuro. Contudo, essa riqueza é CONSTRUTIVA, ela não aparece por si mesma, sem perseguição – ela não vem bater à nossa porta, escancarando suas possibilidades diante da inércia.

                        Precisamos juntar nossos esforços, focá-los como num laser. E isso significa transferir às pessoas e aos ambientes o conhecimento mais alto, por exemplo, o dos investimentos, todos eles, de empresas a construir a aplicações financeiras, publicando todo tipo de mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet de investimentos).

                        Vitória, domingo, 12 de maio de 2002.

                  

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