BrasilNET
Já
estão em curso no Brasil a Internet 2 e a RNP, Rede Nacional de Pesquisas, mas
não é disso que estou falando.
A
RNP, por exemplo, embora mais avançada quantitativamente e com materiais
proporcionalmente mais adiantados, é a mesma idéia que deu surgimento à
ARPANET, a rede militar-educacional que nos EUA em segredo conectava as
universidades, centros de pesquisa e os militares nos idos dos 1960. Pelo menos
40 anos de atraso enquanto filosofia.
Nem
se trata de xenofobia, de separar-nos da corrente universal principal.
É
mais no sentido de os governos e as empresas unirem-se para facilitar a vida
dos internautas, no que tange ao país, aos estados e aos municípios/cidades
brasileiros.
O
navegador Google, digamos, traz 10 mil respostas em frações de segundos, mas
essa prodigalidade, por si só, torna-se um defeito, porque ninguém tem tempo de
ler item por item até encontrar o que deseja. É preciso que a par da particularização
haja uma coletivização dos artigos por famílias, grupos e supergrupos,
de tal modo às pessoas encontrarem facilidades prévias.
O
próprio universo funciona assim: planetas, sistemas estelares, constelações,
galáxias, aglomerados, superaglomerados e finalmente a totalidade do universo.
Como
eu já disse noutro lugar, se desejamos buscar ESTRELAS COM PLANETAS, obteremos
todas as matérias com as palavras ESTRELAS, COM e PLANETAS. Agora já se produz
algum refinamento, tipo “ESTRELAS COM PLANETAS” ou ESTRELAS + PLANETAS, em que
os nomes devem estar conjugados, ou seja, devem ocorrer um e outro.
Chamemos
aquela primeira modalidade de ZERO (0), pois ela não faz escolha nenhuma. À
segunda de UM (1), pois há uma encruzilhada. Mas, se houver uma matéria do tipo
“as estrelas de Hollywood ficam rodeadas de ‘planetas’, seus satélites
adoradores”, ela será trazida, o que não faz nenhum sentido para um astrônomo
ou astrofísico ou cosmólogo.
Então
teríamos a BUSCA (0), que traz os resultados mais estapafúrdios, a BUSCA (1), a
B(2) = 2 elevado a n = 1, ... a B(n) = 2 elevado a (n-1). B(7) seria igual a 2
elevado a 6 = 64 encruzilhadas, um refinamento muito bom. Isso permitiria levar
diretamente ao ponto. Claro que nenhuma pessoa (indivíduo, família, grupo ou
empresa) vai se empenhar para produzir gratuitamente esse detalhamento, devendo
ficar a cargo dos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo).
Embora
eu não tivesse ainda criado a nomenclatura, já falei sobre isso, de modo que
não é esse o interesse agoraqui.
Trata-se
de os governos empenharem-se em tornar a Internet produtiva, em especial essa
proposta BrasilNET. Ou seja, o primeiro ponto de pauta é pesquisa de em quantos
graus de complexidade o
Brasil se apresenta agora. Por GC devemos entender o refinamento pessoal do
interesse de cada um. Por exemplo, na divisão clássica do modelo, em relação ao
Conhecimento, temos quatro modos altos
(Magia, Teologia, Filosofia e Ciência) e quatro
modos baixos (Arte, Religião, Ideologia e Técnica), e a Matemática, nove no
total. Depois, na Ciência temos Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3,
Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6 – doze sub-modos, cada um
comportando mais seis divisões, e estas outras seis (daí, na Ciência, 6 x 6 x 6
= 216 (x 4) = 864 + Matemática (que tem seus sub-níveis). Aí entra a Chave CST
(Chave do TER: matéria, energia e
informação; Chave do SER: memória,
inteligência e controle/comunicação). A disponibilidade do banco de dado em
cada mundo (são quatro: primeiro, segundo, terceiro e quarto), e assim por
diante, de forma que 2 elevado a 12 = 4.096 encruzilhadas pode ser mais
apropriado. Obviamente, se não houver supercomputadores e pessoal dedicado e
remunerado não vamos ter progresso algum nisso, e a Internet no Brasil
continuará a ser um RECURSO, riqueza em potencial, e não RIQUEZA, potencial
realizado.
Sem
aplicação governamental continuaremos sem aproveitar ao máximo o potencial
nascente, e continuaremos a não nos diferenciar dos demais países, até que
alguém faça e saia mais uma vez na frente do “gigante deitado em ‘preço’
esplêndido”, tudo muito caro e difícil.
Vitória,
quinta-feira, 25 de abril de 2002.
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