Sunday, October 27, 2013

BrasilNET (da série Expresso 222..., Livro 1)


BrasilNET

 

                        Já estão em curso no Brasil a Internet 2 e a RNP, Rede Nacional de Pesquisas, mas não é disso que estou falando.

                        A RNP, por exemplo, embora mais avançada quantitativamente e com materiais proporcionalmente mais adiantados, é a mesma idéia que deu surgimento à ARPANET, a rede militar-educacional que nos EUA em segredo conectava as universidades, centros de pesquisa e os militares nos idos dos 1960. Pelo menos 40 anos de atraso enquanto filosofia.

                        Nem se trata de xenofobia, de separar-nos da corrente universal principal.

                        É mais no sentido de os governos e as empresas unirem-se para facilitar a vida dos internautas, no que tange ao país, aos estados e aos municípios/cidades brasileiros.

                        O navegador Google, digamos, traz 10 mil respostas em frações de segundos, mas essa prodigalidade, por si só, torna-se um defeito, porque ninguém tem tempo de ler item por item até encontrar o que deseja. É preciso que a par da particularização haja uma coletivização dos artigos por famílias, grupos e supergrupos, de tal modo às pessoas encontrarem facilidades prévias.

                        O próprio universo funciona assim: planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados e finalmente a totalidade do universo.

                        Como eu já disse noutro lugar, se desejamos buscar ESTRELAS COM PLANETAS, obteremos todas as matérias com as palavras ESTRELAS, COM e PLANETAS. Agora já se produz algum refinamento, tipo “ESTRELAS COM PLANETAS” ou ESTRELAS + PLANETAS, em que os nomes devem estar conjugados, ou seja, devem ocorrer um e outro.

                        Chamemos aquela primeira modalidade de ZERO (0), pois ela não faz escolha nenhuma. À segunda de UM (1), pois há uma encruzilhada. Mas, se houver uma matéria do tipo “as estrelas de Hollywood ficam rodeadas de ‘planetas’, seus satélites adoradores”, ela será trazida, o que não faz nenhum sentido para um astrônomo ou astrofísico ou cosmólogo.

                        Então teríamos a BUSCA (0), que traz os resultados mais estapafúrdios, a BUSCA (1), a B(2) = 2 elevado a n = 1, ... a B(n) = 2 elevado a (n-1). B(7) seria igual a 2 elevado a 6 = 64 encruzilhadas, um refinamento muito bom. Isso permitiria levar diretamente ao ponto. Claro que nenhuma pessoa (indivíduo, família, grupo ou empresa) vai se empenhar para produzir gratuitamente esse detalhamento, devendo ficar a cargo dos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo).

                        Embora eu não tivesse ainda criado a nomenclatura, já falei sobre isso, de modo que não é esse o interesse agoraqui.

                        Trata-se de os governos empenharem-se em tornar a Internet produtiva, em especial essa proposta BrasilNET. Ou seja, o primeiro ponto de pauta é pesquisa de em quantos graus de complexidade o Brasil se apresenta agora. Por GC devemos entender o refinamento pessoal do interesse de cada um. Por exemplo, na divisão clássica do modelo, em relação ao Conhecimento, temos quatro modos altos (Magia, Teologia, Filosofia e Ciência) e quatro modos baixos (Arte, Religião, Ideologia e Técnica), e a Matemática, nove no total. Depois, na Ciência temos Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6 – doze sub-modos, cada um comportando mais seis divisões, e estas outras seis (daí, na Ciência, 6 x 6 x 6 = 216 (x 4) = 864 + Matemática (que tem seus sub-níveis). Aí entra a Chave CST (Chave do TER: matéria, energia e informação; Chave do SER: memória, inteligência e controle/comunicação). A disponibilidade do banco de dado em cada mundo (são quatro: primeiro, segundo, terceiro e quarto), e assim por diante, de forma que 2 elevado a 12 = 4.096 encruzilhadas pode ser mais apropriado. Obviamente, se não houver supercomputadores e pessoal dedicado e remunerado não vamos ter progresso algum nisso, e a Internet no Brasil continuará a ser um RECURSO, riqueza em potencial, e não RIQUEZA, potencial realizado.

                        Sem aplicação governamental continuaremos sem aproveitar ao máximo o potencial nascente, e continuaremos a não nos diferenciar dos demais países, até que alguém faça e saia mais uma vez na frente do “gigante deitado em ‘preço’ esplêndido”, tudo muito caro e difícil.

                        Vitória, quinta-feira, 25 de abril de 2002.

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