Cinco
Astronomias
No
modelo coloquei seis naturezas, a saber: N.0 a N.5, representando as figurobjetivos de Conhecimento (em
maiúsculas conjunto ou família ou grupo de conhecimentos) gerais, ou seja, os
objetivos das figuras psicológicas, quer dizer, a relação entre o observador e
o observado. Existem dois supergrupos, um alto (Magia, Teologia, Filosofia e
Ciência) e um baixo (Arte, Religião, Ideologia e Técnica), e Matemática pelo
centro do quadrado.
Cada supergrupo aborda todos
os elementos ou modelos ou mundos, isto é, tem uma até agora denominada
visão-de-mundo, que na realidade é uma geral percepção-de-mundo, pois inclui os
outros sentidos, sendo cada ser humano graduado instrumento de medida (de si,
enquanto pessoa: indivíduo, família, grupo e empresa; e do ambiente:
município/cidade, estado, nação e mundo).
A pontescada
tecnocientífica, compõe-se de da VISÃO ALTA (a Ciência é a Técnica alta):
Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.2, Cosmologia/p.5 e
Dialógica/p.6, e da VISÃO BAIXA (a Técnica é a Ciência baixa): Engenharia/X1,
Medicina/X2, Psiquiatria/X3, Cibernética/X4, Astronomia/X5 e Discursiva/X6.
Segue-se que a
Astronomia é uma técnica, situada logo abaixo da Cosmologia, que é a ciência
correspondente.
A Cosmologia trata de
todo o universo, pelo lado dos conceitos ou estruturas, ao passo que a
Astronomia aborda fragmentos, pelo lado das formas ou superfícies. Elas se
situam DEPOIS da Informática e da Cibernética, respectivamente, o que quer
dizer que os corpomentes info-cibernéticos ou I/C deverão ser avançados até
depois - e veja só que não inventamos os corpomentes artificiais, ainda,
estamos parados na memória artificial (vá ler sobre Computação Paralela,
nestes textos, Livro 2, e sobre Os Tipos de Computação, Livro 1).
Por via de conseqüência
deveremos ter os corpomentes cosmológicos e os corpomentes astronômicos, isto
é, as pessoambientes de N.4, as figurobjetivos cosmológicas/p.5 e
astronômicas/X5, operadores muito mais avançados, em dois saltos, que nós.
Daí que a Astronomia de
que estou falando não seja exatamente essa de agora, de visão estreita. É
outra.
E ela não é única,
astronomia científica, é quíntupla:
1) astronomia
mágica/artística;
2) astronomia
teológica/religiosa;
3) astronomia
filosófica/ideológica;
************************************************************
Passagem de Fase
4) astronomia
científica/técnica;
5) astronomia
matemática, a mais elevada delas.
Como em tudo, estamos na
passagem do terceiro para o quarto, da astronomia filosófica/ideológica para a
astronomia científica/técnica. Repare que, apesar de a Astronomia ser uma
técnica, ela deriva da ciência mais alta, a Cosmologia, assim como esta recebe
influxos daquela. Tal se dá, como não poderia deixar de ser, PORQUE a interpenetração
ocorre a todo instante.
Há a cientifização
das técnicas, correspondente a uma exigência de maior rigor, e a tecnifização
das ciências, acomodação a uma tolerância maior de imprecisão, sendo ambas
convenientes, para diferentes propósitos.
Os técnicos lêem os
artigos científicos e os cientistas inteiram-se das dificuldades técnicas.
As coisas não estão, de
modo algum, fechadas, em nenhum sentido. Claro, a mais recente abordagem é
dominante, como em tudo, mas nem porisso as outras deixam de se manifestar.
Acontece que as pessoas da astronomia T/C tentam fechar o processo de aquisição
de conhecimento nas suas linhas muito estreitas de pensamento e imaginação,
obstruindo as demais vias. E é para pedir essa abertura, essa convivência de
todas as facetas, que escrevo agoraqui.
Vitória, quinta-feira,
23 de maio de 2002.
No comments:
Post a Comment