Thursday, October 31, 2013

Compensação de Órbitas (série Expresso 222..., Livro 2)

Compensação de Órbitas

 

                        Vimos em Inércia e Gravidade que elas são uma e a mesma coisa, ou seja, a materenergia gravinercial das origens, pois ∑ = G – I = 0, ou G = I.

                        A pseudoforça centrípeta (dirigir-se ao centro) ou atração ou movimento circular ou rotação é a gravidade e a pseudoforça centrífuga (fugir do centro) ou repulsão ou movimento linear ou translação é a inércia.

                        Temos em conjunto uma “força” ou materenergia gravinercial ou cirlulinear ou repulsatrativa ou transrotacional que atinge todos os objetos, sejam eles esféricos ou não. Os meteoritos também giram sobre seu eixo, em rotação, e transladam-se em volta do dominante, no caso o Sol.

                        A Lua tem esse movimento duplo T/R (transrotacional), pois roda sobre seu eixo e desloca-se em volta da Terra (na realidade em volta do centro de massa comum), que revolve sobre seu eixo e move-se em torno do Sol (na prática na periferia do centro de massa do sistema solar). Nossa estrela gira sobre seu eixo e se lança para diante (realmente em torno do centro de massa da constelação). Esta volteia seu centro de massa e segue adiante, contornando o centro de massa da Galáxia, e assim por diante com os aglomerados, os superaglomerados e o próprio universo, que circula sobre seu centro de massa. Para onde o universo se move? Por enquanto ai terminam nossas indagações.

                        A distância mínima da Lua a Terra é de 300 mil e a máxima de 450 mil, média de 380 mil km, digamos, numa circunferência de 2,4 milhões de km em cerca de 28 dias, velocidade de uns 85 mil km/dia ou aproximadamente 4 mil km/h. A distância da Terra ao Sol é de uma unidade astronômica, UA, tomada como sendo de 150 milhões de km, em 365 dias, circunferência de 942 milhões de km, velocidade de translação de 2,6 milhões de km/dia ou cerca de 108 mil km/h. Não tenho dados para a translação do Sol em torno da Constelação, mas esta contorna a Galáxia a uma distância de 30 mil anos-luz (um ano-luz = 9,5.10 12 km ou 9,5 trilhões de km) do centro, numa circunferência de 188,5 mil anos-luz, em 250 milhões de anos, o que dá uma velocidade de translação de 0,75/1000 = 0,00075 ano-luz/ano, ou 226 km/s ou perto de 814 mil km/h.

                        As velocidades de translação vão aumentando:

1)      Lua/Terra = 4 mil km/h;

2)      Terra/Sol = 108 mil km/h;

3)     Sol/Constelação (não disponho);

4)     Constelação/Galáxia = 814 mil km/h.

A Terra, como vimos, gira em torno de seu eixo em pouco mais de 24 horas. Com um raio de 6.372 km, a circunferência da Terra é de 40.036 km e a velocidade de rotação é de algo como 1,7 mil km/h. A Lua tem um raio de 1.740 km, com circunferência de 10.932 km e velocidade de rotação de 16,7 km/h, pois seu período de rotação, de 27,3 dias, é quase igual ao tempo de translação.

As velocidades de rotação e translação são menores para os corpos menores e maiores para os corpos maiores.

Mas não só.

O período de rotação de Júpiter é de 0,409 dia ou menos de 10 horas. Seu período de translação é de 11,9 anos ou 4.343 dias. Como tem um raio 71,5 mil km, sua circunferência é de 449,2 mil km (englobaria a órbita da Lua em seu apogeu, maior distância) e sua velocidade de rotação é de 44,9 mil km/h. Situando-se a uma distância média do Sol de 778 milhões de km (mais de cinco vezes a da Terra), a circunferência que descreve é de 4,9 bilhões de km, à velocidade de 1.125,4 mil km/dia = 46,9 mil km/h. Comparemos: as da Terra (1,7 mil km/h e 108 mil km/h) e as de Júpiter (44,9 mil km/h e 46,9 mil km/h) para rotação e translação. A rotação de Júpiter é maior (ele possui massa muito maior, 318 vezes a da Terra), mas a translação é menor (o Sol possui massa muito maior, 1.046 vezes a de Júpiter).

A questão é a das formações.

Onde a Terra e Júpiter se formaram?

A Terra e Júpiter começaram a se formar exatamente onde estão. Quando foi crescendo devido à queda sucessiva de meteoritos a Terra começou a girar cada vez mais rápido e a se movimentar cada vez mais rápido também em torno do Sol.

Se Júpiter estivesse na posição da Terra a sua velocidade de rotação não continuaria a mesma, porém a sua velocidade de translação aumentaria extraordinariamente, pois agora sabemos que quanto mais o Sol atrai, mais ele afasta. A atração gravitacional do Sol sobre Júpiter, à distância da Terra, seria gigantesca, e conseqüentemente a repulsão inercial cresceria em igual proporção, e Júpiter teria velocidade de translação algumas ordens de grandeza superior à da Terra.

A isso chamei de “compensação das órbitas”.

G J – I J = 0 (G J = I J), quer dizer, a resposta gravitacional de Júpiter à presença de um campo G é igual à sua resposta inercial à manifestação de um campo I, porque, na realidade, os dois campos, G e I, são o mesmo campo GI, gravinercial.

Segue-se que, medida a massa de uma estrela, poderemos saber com relativa precisão (dependendo dos cuidados instrumentais) as massas compensatórias do sistema e as velocidades de translação e de rotação dos objetos, PORQUE o livro Os Planetas, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1985, de André de Cayeux & Serge Brunier nos informa, à página 37, que o movimento cinético (produto da massa pela velocidade e pelo raio vetor) total do sistema solar é de 63,3 mil (em 10 46 g/cm 2 /s), 50 % ficando com os jovinianos e o resto com Plutão/Caronte, os telúricos ou terrestróides e o Sol.

Uma vez que, como está no meu texto Modelo Cosmogônico Solar, vai sempre se formar um (ou mais) joviniano (s) que deterá o crescimento da (s) estrela (s), o dominante central. Depois do joviniano, sentido de dentro para fora, seguir-se-ão os demais jovinianos.

Tais cálculos permitirão delinear os sistemas estelares.

Vitória, quarta-feira, 22 de maio de 2002.

No comments: