Vimos em Inércia e Gravidade que elas são uma e
a mesma coisa, ou seja, a materenergia gravinercial das origens, pois ∑ = G – I
= 0, ou G = I.
A pseudoforça centrípeta
(dirigir-se ao centro) ou atração ou movimento circular ou rotação é a
gravidade e a pseudoforça centrífuga (fugir do centro) ou repulsão ou movimento
linear ou translação é a inércia.
Temos em conjunto uma
“força” ou materenergia gravinercial ou cirlulinear ou repulsatrativa ou
transrotacional que atinge todos os objetos, sejam eles esféricos ou não. Os
meteoritos também giram sobre seu eixo, em rotação, e transladam-se em volta do
dominante, no caso o Sol.
A Lua tem esse movimento
duplo T/R (transrotacional), pois roda sobre seu eixo e desloca-se em volta da
Terra (na realidade em volta do centro de massa comum), que revolve sobre seu
eixo e move-se em torno do Sol (na prática na periferia do centro de massa do
sistema solar). Nossa estrela gira sobre seu eixo e se lança para diante (realmente
em torno do centro de massa da constelação). Esta volteia seu centro de massa e
segue adiante, contornando o centro de massa da Galáxia, e assim por diante com
os aglomerados, os superaglomerados e o próprio universo, que circula sobre seu
centro de massa. Para onde o universo se move? Por enquanto ai terminam nossas
indagações.
A distância mínima da
Lua a Terra é de 300 mil e a máxima de 450 mil, média de 380 mil km, digamos,
numa circunferência de 2,4 milhões de km em cerca de 28 dias, velocidade de uns
85 mil km/dia ou aproximadamente 4 mil km/h. A distância da Terra ao Sol é de
uma unidade astronômica, UA, tomada como sendo de 150 milhões de km, em 365
dias, circunferência de 942 milhões de km, velocidade de translação de 2,6
milhões de km/dia ou cerca de 108 mil km/h. Não tenho dados para a translação
do Sol em torno da Constelação, mas esta contorna a Galáxia a uma distância de
30 mil anos-luz (um ano-luz = 9,5.10 12 km ou 9,5 trilhões de km) do
centro, numa circunferência de 188,5 mil anos-luz, em 250 milhões de anos, o
que dá uma velocidade de translação de 0,75/1000 = 0,00075 ano-luz/ano, ou 226
km/s ou perto de 814 mil km/h.
As velocidades de
translação vão aumentando:
1) Lua/Terra = 4 mil km/h;
2) Terra/Sol = 108 mil km/h;
3) Sol/Constelação (não disponho);
4) Constelação/Galáxia = 814 mil km/h.
A Terra, como vimos, gira em torno
de seu eixo em pouco mais de 24 horas. Com um raio de 6.372 km, a circunferência
da Terra é de 40.036 km e a velocidade de rotação é de algo como 1,7 mil km/h.
A Lua tem um raio de 1.740 km, com circunferência de 10.932 km e velocidade de
rotação de 16,7 km/h, pois seu período de rotação, de 27,3 dias, é quase igual
ao tempo de translação.
As velocidades de rotação e
translação são menores para os corpos menores e maiores para os corpos maiores.
Mas não só.
O período de rotação de Júpiter é de
0,409 dia ou menos de 10 horas. Seu período de translação é de 11,9 anos ou 4.343
dias. Como tem um raio 71,5 mil km, sua circunferência é de 449,2 mil km
(englobaria a órbita da Lua em seu apogeu, maior distância) e sua velocidade de
rotação é de 44,9 mil km/h. Situando-se a uma distância média do Sol de 778
milhões de km (mais de cinco vezes a da Terra), a circunferência que descreve é
de 4,9 bilhões de km, à velocidade de 1.125,4 mil km/dia = 46,9 mil km/h. Comparemos:
as da Terra (1,7 mil km/h e 108 mil km/h) e as de Júpiter (44,9 mil km/h e 46,9
mil km/h) para rotação e translação. A rotação de Júpiter é maior (ele possui
massa muito maior, 318 vezes a da Terra), mas a translação é menor (o Sol
possui massa muito maior, 1.046 vezes a de Júpiter).
A questão é a das formações.
Onde a Terra e Júpiter se formaram?
A Terra e Júpiter começaram a se
formar exatamente onde estão. Quando foi crescendo devido à queda sucessiva de
meteoritos a Terra começou a girar cada vez mais rápido e a se movimentar cada
vez mais rápido também em torno do Sol.
Se Júpiter estivesse na posição da
Terra a sua velocidade de rotação não continuaria a mesma, porém a sua
velocidade de translação aumentaria extraordinariamente, pois agora sabemos que
quanto mais o Sol atrai, mais ele afasta. A atração gravitacional do
Sol sobre Júpiter, à distância da Terra, seria gigantesca, e conseqüentemente a
repulsão
inercial cresceria em igual proporção, e Júpiter teria velocidade de
translação algumas ordens de grandeza superior à da Terra.
A isso chamei de “compensação das
órbitas”.
G J – I J = 0
(G J = I J), quer dizer, a resposta gravitacional de
Júpiter à presença de um campo G é igual à sua resposta inercial à manifestação
de um campo I, porque, na realidade, os dois campos, G e I, são o mesmo campo
GI, gravinercial.
Segue-se que, medida a massa de uma
estrela, poderemos saber com relativa precisão (dependendo dos cuidados
instrumentais) as massas compensatórias do sistema e as velocidades de translação
e de rotação dos objetos, PORQUE o livro Os Planetas, Rio de Janeiro, Francisco
Alves, 1985, de André de Cayeux & Serge Brunier nos informa, à página 37,
que o movimento cinético (produto da massa pela velocidade e pelo raio vetor)
total do sistema solar é de 63,3 mil (em 10 46 g/cm 2 /s),
50 % ficando com os jovinianos e o resto com Plutão/Caronte, os telúricos ou
terrestróides e o Sol.
Uma vez que, como está no meu texto Modelo
Cosmogônico Solar, vai sempre se formar um (ou mais) joviniano (s) que deterá
o crescimento da (s) estrela (s), o dominante central. Depois do joviniano, sentido
de dentro para fora, seguir-se-ão os demais jovinianos.
Tais cálculos permitirão delinear os
sistemas estelares.
Vitória, quarta-feira, 22 de maio de
2002.
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