Singularidades
Matemáticas e Físicas
Os físicos falam em “singularidade
matemática”, um ponto matemático, portanto adimensional, sem dimensão. Devemos
repor as coisas. A Física trata dos reais, não dos virtuais, portanto TUDO NA
FÍSICA DEVE SER REAL, quer dizer, dimensional, ter dimensões, especialmente as
três dimensões espaciais e uma temporal, coisas sólidas que se transformam
temporalmente.
Na Matemática um ponto
não tem nenhuma dimensão.
Uma linha tem
comprimento, mas não largura.
Um plano tem comprimento
e largura, mas não profundidade.
Um espaço tem
comprimento, largura e profundidade, mas não ocorre no tempo.
Dizem eles, o Big Bang
(que chamo Barulhão, mas que em inglês significa Grande Explosão, precedida
certamente do Grande Estresse) é uma singularidade matemática, bem como um
buraco negro.
Isso, na Física, não
pode existir.
Tanto os buracos negros
quando a semente de onde emergiu o universo através do BB, tem de ter
dimensões. A questão fica sendo, doravante, calculá-las. Nada na Física pode
ser virtual, tudo deve ter massa, comprimento, tempo, temperatura,
luminosidade, tudo que está definido no SI, Sistema Internacional de Unidades.
Então, quando vejo nos
livros os físicos falando de singularidades matemáticas, sinto que a linguagem
está viciada, indicado que não foi produzido um acordo total de definição do
universo em termos da Física, aquilo que eles estão chamando Teoria de Tudo, o
que Einstein buscou durante 30 anos e morreu sem encontrar, a Teoria do Campo
Unificado, e que, parece, a Teoria das Cordas vem consumar na tal gravitação
quântica, união da Teoria de Relatividade com a Mecânica Quântica.
Algo está errado nessa
Nova Ordem Mundial, como anunciou Caetano, e é, neste caso, o fato de que
misturaram alhos e bugalhos, o real da Física com o virtual das equações. Estas
últimas são expressões algébricas, ao passo que a Física É A INTERPRETAÇÃO DAS
EQUAÇÕES. Essa interpretação não pode dar-se no virtual, e sim no real. Não no
abstrato, e sim no concreto.
Nenhum conhecimento pode
usar os termos da Matemática, que são os do código geoalgébrico
(geométrico-algébrico) sem REALIZÁ-LOS, quer dizer, torná-los reais, dotados de
sua particular realidade. Por exemplo, seria impróprio a Biologia usar os
termos da Matemática em seu campo de estudos sem torná-los reais. Isso
fatalmente introduziria nela confusões, como introduz na Física, criando
paradoxos desnecessários (se é que algum, fora de certas áreas de treinamento
de alunos quanto a enganos embutidos nas falácias), pois paradoxos são
definições mal-feitas.
Fica meridianamente
claro ser necessário fazer uma depuração bastante detalhada dos termos das
ciências/técnicas, das filosofias/ideologias, das teologias/religiões e das
magias/artes com relação a esses virtuais da Matemática.
De outro modo as pessoas
vão fatalmente confundir-se.
Muitas vezes certos
físicos criam as confusões e depois gozam os alunos por não estarem entendendo,
como se só um grupinho seleto pudesse entender as “altas esferas”. Claro que
não vão entender, porque é impossível, um erro de definição levando a um
paradoxo. Uma asneira, enfim.
Vitória, terça-feira, 09
de abril de 2002.
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