Aposentado Ria
Certa vez um colega
disse que eu não acostumaria com a aposentadoria. Nessa ocasião eu trabalhava
no posto fiscal e mesmo no regime folgado que tínhamos de 2 x 6 (dois dias
trabalhados por seis de folga: na realidade eram 5,5, pois viajávamos bastante
– 270 km num sentido e outro tanto de volta, correndo perigo nas estradas).
Fiquei pensando.
1.
não
atender mais à clientela (bem e mal-humorados);
2.
não
ter de agüentar os colegas implicantes;
3.
não
ter de suportar os chefes que procuravam fazer fama à custa de nossa
intranqüilidade;
4.
poder
estar perto da família o tempo todo;
5.
apoiar
o término da formação dos filhos e o processo deles mesmos terem filhos e
filhas;
6.
passear
o quanto quisesse em férias permanentes;
7.
descer
para ir à praia em frente de casa em Vila Velha, Praia da Costa, mar azulzinho,
areia branquinha, calçadão, quiosques, água de coco, gente bonita;
8.
conversar
com a patroa;
9.
bajular
os netos;
10.
fazer
compras quando quisesse;
11.
acompanhar
o embelezamento da casa;
12.
conversar
com os amigos sem quaisquer limites;
13.
cuidar
da saúde com apuro, definindo alimentação adequada, sem as variações do posto;
14.
prestar
mais atenção às contas;
15.
poder
andar o tempo todo de bermuda e camisa aberta;
16.
inúmeros
outros pontos (se você lembrar-se de mais, coloque aqui).
E aí, você acharia
que eu não acostumaria?
Pois
acostumei, sim, foi tranqüilo, tranqüilo, uma beleza.
Só
espero que dure muito mais.
Serra,
quarta-feira, 25 de abril de 2012.
José
Augusto Gava.
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