Mesa de Blá
Como em mesa de bar.
Bar já é a igreja da fofoca, mas os fiéis, os crentes não vão se ver como fofoqueiros.
BAR-TER UM PLÁ
COPO SUJO
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ELEGANTE
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PUB
(bar-templo, os ingleses sabem tudo: os crentes nem precisam ser chamados à oração)
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COM CALÇADA
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DE CLUBE
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RESTAURANTE
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DE NAVIO
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DE ESTÁDIO DE FUTEBOL
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Esse cara achou esse nome, que se há de fazer, a falta de ocupação é um grande inventor, os neurônios ficam desempregados, as sinapses pulsam como chicotes, os subprogramas produzem qualquer coisa, é um inferno de transgressões, o mundo seria muito mais simples...
Por outro lado, talvez fosse menos interessante.
Colocou ostensivamente Mesa de Blá, de blá-blá-blá, falatório mesmo, fofoca, essas coisas, esses casos.
TRITRITRICOTANDO
TITITI
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BLÁ-BLÁ-BLÁ
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FALATÓRIO
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FOFOCA
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INTRIGA
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MEXERICO
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BOATARIA
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DIZ-QUE-DIZ
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TROCAR CEBOLA
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RUMOR
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E assim por diante.
As pessoas precisam falar, tanto assim que os celulares são extraordinariamente bem sucedidos enquanto empreendimento universal; precisam falar bem e precisam falar mal. Como disse a Clarice Lispector, “quem não fala mal não fala bem”. Precisavam “botar para fora”, falar dos problemas, reclamar por reclamar, cuspir veneno.
Causou frisson.
Foi um tititi danado na cidade, vinha gente de fora.
Serra, terça-feira, 23 de outubro de 2012.
José Augusto Gava.
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