O Jardim de
Infância dos Monstros
Eles começam pelas
creches com seis meses, passam às classes de socialização, entram nos jardins
de infância (que os alemães inventaram) e chegam ao pré-primário, donde seguem
para o primeiro grau.
A EVOLUÇÃO DOS MONSTROS
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Ainda com dois ou
três anos pais e mães lhes dizem “fala filha da puta”, a que a criança repetia
“fia da ‘uta” e os progenitores: “que gracinha, tão lindinho”.
Se uma criança
batia na outra ficam bravos.
- Quem te bateu?
- Foi a Joaninha.
- E você deixou? Vá
lá e dá um soco nela.
O garoto ia.
No outro dia, a
cobrança.
- Bateu?
- Bati.
- Onde?
- No olho.
- Ficou roxo?
- Ficou. A
professora que falar com você.
- Se ela falar
algum coisa vou encher a cara dela.
Esse menino
espancou a esposa 25 anos depois e foi preso pela Lei Maria da Penha.
Um pai falou pro
filho no supermercado: “vou te dar o presente, mas se você quebrar vou te
encher de porrada”.
O Jardim de
Infância dos Monstros, onde estamos criando os monstrinhos de amanhã. Xodozinho
da mamãe, “fala corno pro seu pai”. “Cono”. “Viu, querido?” Que sentimentos tão
nobres!
Um dia ainda
chegamos lá.
Se não gostarmos do
lugar a que chegaremos, bem, aí será outra história.
Serra,
quarta-feira, 09 de maio de 2012.
José augusto Gava.
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