Orgulharia
Na seqüência das
antigas pastelaria (preparação de pastéis), padaria (preparação de pães), sapataria
(conserto de sapatos), caldeiraria (preparação de caldeiras), tabacaria (venda
de tabaco), pizzaria (venda de pizzas) e das recentes revistaria (venda de
revistas) e outras, esse quis entrar no ramo do orgulho e começou a vendê-lo na
orgulharia.
Vendo que tantos
brasileiros eram orgulhosos sem qualquer razão para isso. Que, bastando ter um
carro, qualquer feliz empregado com mais de mil reais de salário por mês
conseguia; ou ter uma casa; ou ter um título universitário – ele achou que se
daria bem demais, embora Jesus tenha dado no Sermão da Montanha os motivos para
se afastar de todo mal.
O SERMÃO DA MONTANHA
![]() |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Wikipédia
As
Bem-aventuranças
As Bem-aventuranças [2] são
o anúncio da verdadeira felicidade, porque proclamam a verdadeira e plena
libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do
Reino de Deus através da palavra e acção de Jesus, que tornam a justiça divina
presente no mundo. A verdadeira justiça para aqueles que são inúteis, pobres
ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada
na riqueza que
explora e no poder que
oprime. As Bem-aventuranças revela também o carácter das pessoas que
pertencem ao Reino de Deus, exortando as pessoas a seguir
este carácter exemplar.
Resumindo e usando as palavras do Catecismo da Igreja Católica (CIC), as
bem-aventuranças nos ensinam o fim último ao qual Deus nos chama: o Reino de
Deus, a visão de Deus, a participação na natureza divina, a vida eterna, a
filiação divina, o repouso em Deus (CIC, n. 1726).
Sal da
terra, luz do mundo
Jesus, através das metáforas de Sal e
de Luz, revela a enorme força do testemunho e
a importante função dos discípulos,
especialmente dos pregadores, que é sobretudo preservar e proteger a humanidade contra
as influências malignas da corrupção e
da maldade (a
função do Sal) e ajudar a humanidade a conhecer, através da
sua fé e
seu bom exemplo iluminadores, o caminho da salvação (a
função da Luz).
Reinterpretação da Lei de Deus
Jesus revaloriza e reinterpreta, por vezes de forma antitética,
a Lei de Deus na
sua íntegra, particularmente dos 10 Mandamentos,
tendo por objectivo levá-los à perfeição (Mateus 5:48):
O Sermão da Montanha (1890),
pintura de Carl Heinrich Bloch.
Ostentação, Pai-Nosso e
perdão
Jesus, a seguir à reinterpretação da Lei de Deus, começa a
condenar a ostentação na prática de 3 obras fundamentais do Judaísmo,
que são a esmola,
o jejum e
a oração.
Ele não pretende condenar a observância fiel e honesta destas obras
boas e o bom exemplo que estas acções produzem, mas somente o vão
desejo de ostentar em frente de outras pessoas. Ele alerta para o facto de,
se a finalidade das pessoas que praticam estas obras é ostentar, eles já
foram recompensados na Terra por outros homens que as elogiaram.
Durante o seu discurso sobre a oração, Jesus deu aos homens uma
célebre oração, o Pai-Nosso,[5] para
ensiná-los como rezar corretamente.
Jesus afirma também que se perdoardes aos homens as suas
ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se
não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará (Mt 6,
14-15).
Também sobre a oração, Ele exorta por fim aos seus discípulos
que deviam sempre ter confiança na oração e particularmente em Deus,
porque vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem durante
a oração.
Materialismo e Providência
divina
Jesus, condenando indirectamente o materialismo,
exorta os seus discípulos para não preocupar demasiado com os seus bens e as
suas necessidades materiais, mas sim, preocupar-se mais e em primeiro lugar
em guardar tesouros no céu,
para preparar o acesso ao Reino de Deus. Sobre a riqueza,
Jesus alerta os seus discípulos para o facto de ser impossível servir ao
mesmo tempo a Deus e à riqueza. E, relativamente às necessidades
materiais dos homens e às suas preocupações quotidianas, Jesus apela para
a confiança na Providência divina, afirmando que vosso
Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso [6] e
que o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia
basta o seu cuidado (Mt 6, 19-34).
Julgar os outros
Neste sermão, Jesus condena também aqueles que julgam os outros,
mas não sabem julgar-se a si próprio, não conseguindo reconhecer os seus
próprios erros. E mais, ele alerta inclusivamente que nunca devíamos julgar
os outros, para não sermos julgados, porque o único que tem capacidade e
autoridade para julgar os homens é Deus.
O verdadeiro discípulo e as
suas dificuldades
Jesus alerta para as dificuldades que os seus discípulos, que
pretendem ser os verdadeiros filhos de Deus, irão encontrar no caminho estreito em
apertado que conduz à vida eterna e
ao Reino de Deus (o chamado caminho da vida).
Jesus também alerta os homens para o facto de só reconhecerem
que Ele é o Senhor não é suficiente para eles serem salvos e reconhecidos
como os seus verdadeiros discípulos, mas sim, necessitando também de fazer
verdadeiramente a vontade de Deus.
Os falsos profetas
Jesus aconselhou os seus discípulos a acautelarem dos falsos
profetas, que, apesar de parecerem ovelhas, são na
verdade uns lobos arrebatadores e maus que têm por
finalidade desorientar as pessoas e levá-las à perdição.
Edificar sobre a rocha
Jesus, concluindo o seu sermão,
exorta por fim aos seus discípulos para, depois de escutar as suas palavras e
ensinamentos, pô-los verdadeiramente em prática, para serem semelhantes a
um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha. A
rocha é resistente a todas as tempestades,
por isso, ela é uma excelente base ou fundamento para sustentar a casa,
assemelhando-se à Palavra de Deus, que serve como fundamento e
sustenta todas as pessoas que põe-na em prática, protegendo-as e ajudando-as
a ultrapassar todos os obstáculos e dificuldades que elas poderão encontrar
nas suas vidas.
|
Embora se dissessem
cristãos ou budistas ou maometanos ou isso ou aquilo as pessoas não obedeciam
aos ditames religiosos, pelo contrário, primavam pelo oportunismo, a
superafirmação do oportuno (daquilo que é aproveitamento “no ato”, ato de
esperteza) em toda oportunidade.
Ele vendia orgulho,
mas ninguém queria comprar, porque todos tinham de sobra. Em quase nenhuma casa
havia falta de orgulho, da alta-satisfação consigo mesmo, da auto-elevação, da
auto-projeção. Quase ninguém estava privado de altanaria, de muita altivez, de
empáfia, de fatuidade, de soberba, de arrogância. Quase qualquer um era duque
ou duquesa, até os garis e as manicures.
Quase ninguém
gostava da simplicidade e da pureza de espírito, poucos tinham dignidade, todos
estavam enraivecidos. O mundo ia de mal a pior e de pio a péssimo a passos
largos, de corredor.
Evidentemente a
firma dele afundou.
Serra,
quarta-feira, 09 de maio de 2012.
José Augusto Gava.
No comments:
Post a Comment