Sunday, October 27, 2013

Renascimento (da série Se Precisar Eu Conto)


Renascimento

 

Existem os casos daqueles que nasceram num país e foram maltratados ali, ou pelo menos não tão bem-tratados quanto seria de esperar por seu empenho, sua dedicação, sua capacidade, sua projeção posterior no país receptivo, sua dignidade, sua excelência.

RE-NASCIMENTO PLEITEADO

QUINO, ARGENTINA, 1932, vivendo na Itália.
LEO, Luiz Eduardo de Oliveira, BRASIL, 1944, vivendo na França.
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggyUDk6RQMc8OnwJB0DuK7HoQSdXIv_5WXKciRxtwJ1i0s9-Vn6HOlHAbMjmYQuEtyhcYeLXayajWT-pWC_7TaKBXpl_LbPzf0J09EiQvGc_mTVyhyphenhyphen-PBHFiuVypYRpPHwkc8d1g/s1600/leo+3.jpg

Esse cara (que manterei incógnito, ele não quer aparecer, mas o crédito inicial é todo dele) falou para mim isso num bar e depois, com a devida licença dele, fui investigar o assunto e fiz esse livro chamado Deslocação (está nas livrarias e nas bancas de revistas), que não cuida só de espaço, mas também de tempo.

Pesquisei os casos de artistas, cientistas, filósofos e todos os do Conhecimento alto e baixo que foram morar em outras nações, onde foram recebidos de braços abertos e onde eles ficaram famosos ou ficaram ainda mais. Destacaram-se nessas nações que os receberam.

IMIGRANTES FAMOSOS (a lista é muito grande, vá comprar e ler o livro)

Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/34/Albert_Einstein_in_later_years.jpg/190px-Albert_Einstein_in_later_years.jpg
Albert Einstein, alemão nos EUA.
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Marie_Curie_c1920.png/220px-Marie_Curie_c1920.png
Marie Curie, polonesa na França.

O que leva uma nação a se des-fazer dos seus talentos?

Como a nação é ente ideal, devemos nos perguntar de outro modo: o que irrita o antigo morador a ponto de fazê-lo mudar para lugar estranho, com língua estranha até, com hábitos diferentes, moeda distinta, diversa base geo-histórica? O que o faz aceitar mudança tão radical? Devia ser algo bem aflitivo ficar onde estava, a ponto de toda essa alteração ser aceitável.

Fiz entrevistas com os que estão vivos, busquei nas entrevistas dos que estão mortos os indícios. A investigação foi longa (coloquei este blog com o objetivo de alguém ajudar nas edições vindouras), mas não exaustiva, dado ser o assunto inédito.

Como já estava provado em vários casos, quando essas pessoas saíram já eram famosas (o caso clássico é Einstein), contudo os países nem pestanejaram em se desfazer delas.

Como compreender algo assim?

Não só não compreendia antes como depois de terminado o livro compreendo menos ainda.

Serra, segunda-feira, 16 de abril de 2012.

José Augusto Gava.

 

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