Renascimento
Existem os casos
daqueles que nasceram num país e foram maltratados ali, ou pelo menos não tão
bem-tratados quanto seria de esperar por seu empenho, sua dedicação, sua
capacidade, sua projeção posterior no país receptivo, sua dignidade, sua excelência.
RE-NASCIMENTO PLEITEADO
QUINO, ARGENTINA,
1932, vivendo na Itália.
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LEO, Luiz Eduardo
de Oliveira, BRASIL, 1944, vivendo na França.
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Esse cara (que
manterei incógnito, ele não quer aparecer, mas o crédito inicial é todo dele)
falou para mim isso num bar e depois, com a devida licença dele, fui investigar
o assunto e fiz esse livro chamado Deslocação
(está nas livrarias e nas bancas de revistas), que não cuida só de espaço, mas
também de tempo.
Pesquisei os casos
de artistas, cientistas, filósofos e todos os do Conhecimento alto e baixo que
foram morar em outras nações, onde foram recebidos de braços abertos e onde
eles ficaram famosos ou ficaram ainda mais. Destacaram-se nessas nações que os
receberam.
IMIGRANTES
FAMOSOS
(a lista é muito grande, vá comprar e ler o livro)
Albert Einstein, alemão nos EUA.
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Marie Curie, polonesa na França.
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O que leva uma nação
a se des-fazer dos seus talentos?
Como a nação é ente
ideal, devemos nos perguntar de outro modo: o que irrita o antigo morador a
ponto de fazê-lo mudar para lugar estranho, com língua estranha até, com
hábitos diferentes, moeda distinta, diversa base geo-histórica? O que o faz
aceitar mudança tão radical? Devia ser algo bem aflitivo ficar onde estava, a
ponto de toda essa alteração ser aceitável.
Fiz entrevistas com
os que estão vivos, busquei nas entrevistas dos que estão mortos os indícios. A
investigação foi longa (coloquei este blog com o objetivo de alguém ajudar nas
edições vindouras), mas não exaustiva, dado ser o assunto inédito.
Como já estava
provado em vários casos, quando essas pessoas saíram já eram famosas (o caso
clássico é Einstein), contudo os países nem pestanejaram em se desfazer delas.
Como compreender
algo assim?
Não só não
compreendia antes como depois de terminado o livro compreendo menos ainda.
Serra,
segunda-feira, 16 de abril de 2012.
José Augusto Gava.
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