Thursday, October 24, 2013

A Cura do Câncer (da série Expresso 222..., Livro 1)


A Cura do Câncer

 

                        Desde uns 25 anos atrás venho pensando que o câncer é um estado de desordenação da informação, um descontrole qualquer no tecido que leva à extrema proliferação das células.

                        Sou leigo, nada tenho a ver com a medicina e a biologia.

                        Mas penso.

                        Muito mais tarde uma coisa que descobri no alfabeto - a chamada Grade Signalítica - levou à manifestação da Rede de Cognatos, que traduz as palavras. Por exemplo, câncer é cognato de CANCELAR. Porém, cancelar o quê? Eu não atinava e desde 1994 venho tentando matutar o quê. Uma amiga, médica, sugeriu que eu fosse atrás dos oncologistas do Hospital das Clínicas da UFES, mas a gente sente vergonha.

                        Há bastante tempo sei do ADN (ácido desoxirribonucléico) e do ARN (ácido ribonucléico), que a imprensa e os livros publicam por seus nomes estrangeiros dos termos em inglês DNA e RNA. O ADN é a famosíssima dupla-hélice que Watson e Crick descobriram lá por 1954, compondo-se de duas espirais que circulam uma à volta da outra, o conjunto estando superdobrado no núcleo de cada célula. Desenrolada daria dois metros de comprimento.

                        Ela é composta de pares de nucleotídeos ligados, a Adenina (A) à Timina (T) e a Guanina (G) à Citosina (C), sendo purinas A e G e pirimidinas T e C. Formam pares A-T e G-C, como os livros ensinam e pode-se ler nesse muito bom que tenho em mãos, Charbel Nino El-Hani e Antonio Augusto Passos Videira organizadores, O que é a Vida? (Para Entender a Biologia do Século XXI), Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2000. Antes de começar o Projeto Genoma Humano de mapeamento completo do ADN pensava-se que tinha 100 mil genes, mas agora parece que são menos de 70 mil, talvez apenas 30 mil, mas com três bilhões de pares formando códons, triplas ACC, GAC, grande variedade delas.

                        Pois bem, entre os polipeptídios de um lado e do outro, por exemplo, A e T ou C e G há pontes de hidrogênio e são essas que são rompidas ou canceladas, claro, abrindo a dupla-hélice em duas unidades, uma à esquerda e outra à direita para serem replicadas com dois pares completos e assim por diante.

                        Então, as pontes de hidrogênio são canceladas, abrindo a dupla-hélice à replicação descontrolada.

                        Pelo quê?

                        Entendi mais recentemente que pelos tais radicais livres, de que o OH-(oxigênio-hidrogênio) seria um dos responsáveis, pois ele tende a receber outro H, que é retirado das pontes, formando água. Então os radicais atacam o ADN em suas pontes, nas extremidades ou no meio, rebentando-as e produzindo novas duplas ou apenas abrindo-as parcialmente para produção de proteínas, cujo excesso pode estar associado ao câncer.

                        Nisso, estou lendo o capítulo 9, Radicais Livres, Antioxidantes e a Adaptabilidade Animal, de Gabriella Ramos-Vasconcelos, Ana Luísa H. Alves e Marcelo Hermes-Lima e as autoras e o autor falam disso em “estresse oxidativo” e em “câncer e radicais livres”, digamos à p. 219: “(...) o processo da carcinogênese pode iniciar-se por um dano a uma molécula de DNA. Esse dano, muitas vezes, é desencadeado por radicais livres”. A coisa começou a não soar tão disparatada assim naqueles meus pensamentos. E eles dão uma série de receitas na página 220, que vale a pena ler, sobre como combater tais radicais. Consulte seu médico.

                        Falam também em isquemia, onde ocorre uma interrupção ou redução no fornecimento de sangue, com falta de O2. E reperfusão é quando ele é readministrado, havendo reoxigenação. São dois limites muito sérios, que impedem qualquer abordagem pelo lado do oxigênio.

Daí voltei a pensar, o TAO chinês e muito antigo e a dialética grega e também muito antiga dizem que o que nos faz mal deve ser combatido com o próprio mal, neste caso com moléculas em que esteja sobrando um hidrogênio que possa ser liberado para se juntar aos radicais livres, no caso de OH- formando H2O, água. E que seriam administradas ao tumor, diretamente, via intervenção cirúrgica, ou por ingestão de remédios. Moléculas que liberam íons hidrogênio são os ácidos, definidos como as que têm pH acima de 7. Portanto quanto mais ácido mais eficaz.

Conseqüentemente não é o vinho ou qualquer alimento em particular, é tudo que for ácido, digamos, limão, laranja, e qualquer coisa que é azeda, creio. Os médicos e os biólogos vão poder dizer melhor. Por via de conseqüência, entrou em estresse tome coisas ácidas – deveria ser uma regra geral – como prevenção do câncer.

Quanto ao modo de cura efetiva não sei.

Se isto que eu pensei tem alguma utilidade ainda irá depender de como os profissionais de medicina e os pesquisadores em biologia vão administrar a solução.

Vitória, quinta-feira, 11 de abril de 2002.

 

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