Os Auxiliares de Deus
Considerando que os pobres e miseráveis não possuem as informações mais recentes e abalizadas sobre como lidar com os avanços do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática), é de pensar que repousa sobre os ombros dos médios, dos médio-altos e dos ricos do Ter e de outras elites a responsabilidade de pensar o melhor.
Por outro lado, os miseráveis e os pobres, vivendo sobre retalhos de terra e não tendo as melhores e mais recentes informações, são obrigados pela parcimônia forçada a explorar ao máximo o pouco de que dispõem, não podendo guardar porções ou frações amplas às áreas de preservação, por exemplo, as APA (Áreas de Preservação Ambiental), aqueles 25 % mínimos ou 50 % ideais reservados. 25 % de dois hectares fazem sobrar 1,75 ha para plantio e tudo mais, ao passo que 25 % de 1.000 ha ainda deixam restar 750 ha.
São os ricos e não os pobres que conservam a natureza N.1 biológica-p.2 e as coisas da cultura humana, porque o pobre não tem como guardar uma bicicleta velha, vendem-na para somar o dinheiro à compra da nova; e não há espaço para estocar.
QUEM AUXILIA NA PRESERVAÇÃO DA TERRA (é serviço indireto, o mais das vezes não é intencional) – o governo, ao delimitar as terras indígenas e criar as reservas biológicas, é consórcio de contribuintes tornado rico. APA Área de Preservação Ambiental: as pessoas estão fazendo espontaneamente.
OS PROPUGNADORES DA BELEZA (são eles que financiam os arquitetos e os demais tecnartistas): Grandes Obras de Arquitetura.
Então, apesar de Jesus dizer que “é mais fácil um camelo passar num buraco de agulha que um rico entrar no reino dos Céus”, pelo menos no reino da Terra os ricos não são (nem que seja indiretamente, sem intenção) sem méritos.
NA REALIDADE acho que isso tem de ser sobrelevado, mostrado fartamente, pois se repartirmos TODA A TERRA sobrante (uns 80 ou 90 milhões de km2, metade para florestas, digamos 45 milhões de km2 para 7 bilhões de habitantes, teremos 45/7 x 1.000.000.000.000 m2/1.000.000.000 hab. = 45.000/7 m2/hab., menos de 6,5 mil m2/hab., menos de um hectare/hab., que seria rapidamente dilapidado.
Sou eminentemente contra a superconcentração de terras, mas há que pensar nisso num mundo superlotado: a menos que os governos possam estabelecer reservas MUITO MAIS IMPONENTES QUE AS ATUAIS os solos serão amplamente degradados e as florestas destruídas. Se as populações continuarem a crescer (ou enquanto isso acontecer) a antiga oposição à concentração de terras deve ser revista.
AS RESERVAS DE SOLOS (o banco da Natureza)
Tamboré.
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Ilha do Arvoredo - Reserva Biológica do Arvoredo - SC
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Serra, quinta-feira, 18 de outubro de 2012.
José Augusto Gava.
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