A Mulher que Sozinha Derrotou Mais de 300
Sabe aquele filme, 300!? Ele na origem se chamava 300 de Esparta, porque foram 300 (não precisamente) os espartanos que causaram grandes estragos aos persas. Os orientais sempre eram centenas de milhares ou mesmo milhões, sendo atrapalhados ou detidos por alguns milhares ou, nesse caso, por algumas centenas.
As mulheres são espertas.
Em vez de encher a parte de cima do filtro e levantar no muque, elas, que são mais fracas, vão com uma vasilha de cada vez e enchem do mesmo jeito com muito menos esforço. Os exemplos se multiplicariam. Por exemplo, se não podem carregar 30 kg de processos no braço, colocam numa cadeira e empurram a cadeira, lá tirando de um em um ou poucos de cada vez.
Poder com 300 de cada vez ela não poderia.
Aliás, quem poderia?
Nem você, nem eu.
Assim sendo, com a sabedoria clássica delas enfrentou um por vez. Começava logo cedo, logo de manhã, logo ao acordar, e ia aos poucos, olhando o adversário, levando de mansinho, indo pouco a pouco até vencê-lo. E àquele já vencido abandonava, não voltava mais a ele. No dia seguinte, a mesma coisa, metodicamente. Dia a dia ia vencendo.
CALENDÁRIO (era um ano para conferir)
Um dia após o outro, ia vencendo-os todos, a todos derrotava, avançava, perdia um pouco aqui, ganhava um pouco acolá e quando viu tinha passado de 300, tinha chegado a 365.
Aí, foi aquela festa, todo mundo veio parabenizá-la, urra!
Ave, credo, que dificuldade, parecia que não terminava nunca, mas de fato foi bem ligeirinho, com bom humor e persistência derrotou 365. Ela não cabia em si, de forma que aumentou um, foi ela + um, fez 32. Pai e mãe, filhos, marido, irmão e irmã e cônjuges e filhos, amigos, todos vieram cumprimentá-la por tal derrota de mais um ano.
Ela estava ficando craque nisso.
Foi indo de aniversário em aniversário até que aos 50 inaugurou a era dos adversários, o ano-adversário.
Serra, quarta-feira, 31 de julho de 2013.
José Augusto Gava.
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